Traqueostomia em crianças: uma experiência de dez anos em um centro terciário do sul do Brasil,

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. j. otorhinolaryngol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-12

RESUMO

Resumo Introdução: As crianças podem necessitar de traqueostomia devido a diferentes problemas de saúde. Ao longo dos últimos 40 anos, as indicações de traqueostomia passaram por mudanças substanciais. Objetivo: Avaliar pacientes pediátricos com traqueostomia no nosso hospital, no que diz respeito às suas indicações, comorbidades associadas, complicações e taxas de decanulação. Método: Estudo retrospectivo de pacientes com menos de 18 anos submetidos a traqueostomia em um centro de saúde terciário, de janeiro de 2006 a novembro de 2015. Resultados: 123 crianças precisaram de uma traqueostomia após avaliação otorrinolaringológica durante o período do estudo. Do total, 63% eram do sexo masculino e 56% menores de um ano. Glossoptose foi a indicação mais comum (30%), seguida por estenose subglótica (16%) e faringomalácia (11%). A taxa de mortalidade foi de 31%. Até o fim deste artigo, 35 crianças (28,4%) haviam sido decanuladas e quanto menor o número de comorbidades, maior foi a taxa de decanulação (0,77 ± 0,84 vs. 1,7 ± 1,00 comorbidades; p < 0,001). Conclusão: A traqueostomia em crianças é um procedimento relativamente frequente em nosso hospital. As indicações mais comuns são glossoptose e estenose subglótica. Uma alta taxa de mortalidade foi encontrada, potencialmente comprovada pelo elevado número de pacientes críticos com condições neurológicas crônicas nessa coorte. Nossa taxa de decanulação está ligeiramente abaixo de outras séries, provavelmente por causa da maior quantidade de pacientes com comorbidades.

ASSUNTO(S)

traqueostomia criança epidemiologia

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