Transtornos mentais comuns em docentes do ensino superior: evidências de aspectos sociodemográficos e do trabalho

AUTOR(ES)
FONTE

Avaliação (Campinas)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-12

RESUMO

Os Transtornos Mentais Comuns (TMC) apresentaram crescimento significativo nas últimas décadas. Apesar das elevadas prevalências registradas e de representar importante causa de afastamento do trabalho entre docentes, ainda há lacunas do conhecimento sobre esse evento em docentes universitários. Este estudo objetivou estimar a prevalência de TMC em docentes de uma universidade pública da Bahia, analisando sua associação com aspectos sociodemográficos, laborais e psicossociais. Foi realizado estudo epidemiológico de corte transversal, de caráter exploratório, envolvendo 127 docentes. Foram realizadas análises univariada, bivariada e multivariada com regressão logística não condicional. Para entrada no modelo, estabeleceu-se valor de p ≤ 0,25, obtido pelo Teste Qui-Quadrado de Pearson (X²) ou Exato de Fisher. As razões de prevalência foram estimadas por Regressão de Poisson. O nível de significância estatística adotado para permanência no modelo final foi de 5%. A prevalência de TMC na população estudada foi de 29,9%. Observou-se associação estatisticamente significante de TMC com sentimento de desgaste na relação com os alunos (RP: 2,31) e falta de satisfação em trabalhar na instituição (RP: 2,13). Elevada prevalência de TMC foi observada entre os docentes participantes do estudo reforçando a necessidade de ações de intervenção e do olhar atento sobre a saúde mental destes profissionais.

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