Transtornos depressivos e algumas comorbidades em idosos: um estudo de base populacional
AUTOR(ES)
González, Anne Christie Timm, Ignácio, Zuleide Maria, Jornada, Luciano Kurtz, Réus, Gislaine Zilli, Abelaira, Helena Mendes, Santos, Maria Augusta Bernardini dos, Ceretta, Luciane Bisognin, Quevedo, João Luciano de
FONTE
Rev. bras. geriatr. gerontol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-02
RESUMO
Objetivo Avaliar a prevalência de transtornos depressivos e fatores associados em uma amostra de idosos no Sul de Santa Catarina. Método Estudo transversal com base de dados populacional, que avaliou 1.021 indivíduos idosos entre 60 e 79 anos. Foram realizadas entrevistas domiciliares com a versão em português do Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI), coleta de dados sociodemográficos, informações sobre hipertensão arterial sistêmica, infarto agudo do miocárdio e tabagismo. Os transtornos estudados foram episódio depressivo atual, distimia e comorbidade entre episódio depressivo e distimia, caracterizando depressão dupla. A comparação das médias de idade e prevalências foi feita com o teste t Student, as demais associações foram analisadas pelo teste Qui-quadrado. Resultados A prevalência de depressão foi de 26,2%; distimia, 5,5%; e depressão dupla, 2,7%. Fatores de risco para depressão: nove anos ou mais de estudo [RP=1,44(1,17-1,77); p<0,05] e tabagismo atual [RP=1,63(1,30-2,05); p<0,05]. A distimia foi associada ao gênero masculino [RP=6,46(3,29-12,64); p<0,05], relato de hipertensão arterial [RP=2,55(1,53-4,24); p<0,05] e tabagismo, tanto atual [RP=1,86(1,02-3,42), p<0,05] quanto passado ou ex-tabagistas [RP=2,89(1,48-5,65); p<0,05]. Para a depressão dupla, repetiram os mesmos fatores de risco da distimia: gênero masculino [RP=4,21(1,80-9,81); p<0,05], relato de hipertensão arterial [RP=8,11(3,32-19,80); p<0,05], tabagismo atual [RP=5,72(1,64-19,93); p<0,05] e passado [RP=13,11(3,75-45,86); p<0,05]. Conclusão Os dados demonstram que quadros depressivos são fenômenos frequentes e atingem um percentual significativo de idosos. Adicionalmente, os transtornos depressivos foram associados a fatores sociodemográficos e doenças crônicas, como nível de escolaridade, tabagismo e hipertensão arterial.
ASSUNTO(S)
idoso transtorno depressivo prevalência comorbidade
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