Transtorno de ansiedade em idosos com dor crônica: frequência e associações

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. geriatr. gerontol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-02

RESUMO

Resumo Objetivos: avaliar a frequência de transtornos de ansiedade em idosos longevos com dor crônica e verificar as suas associações. Método: estudo descritivo, analítico e de corte transversal do "Projeto Longevos", do qual participam idosos da comunidade com 80 anos de idade ou mais. Selecionados os longevos com dor crônica dos quais se apuraram as características sociodemográficas e os aspectos referentes à dor, principalmente aqueles relacionados às suas multidimensões, segundo o Geriatric Pain Measure-p (GPM-p). Foram realizadas avaliações de funcionalidade e autopercepção de saúde, e os rastreios dos transtornos de depressão e ansiedade, segundo a Escala de Depressão Geriátrica e o Inventário de Ansiedade Traço-Estado, respectivamente. As associações foram analisadas segundo a correlação de Pearson, o teste de Anova e o Teste de comparações múltiplas de Tukey. Resultados: amostra constituída por 41 idosos com média de idade de 85,7 anos, sendo a maioria do sexo feminino, branca, viúva e de baixa escolaridade. Observadas altas prevalências de transtornos de ansiedade, 53,6% e 68,3%, respectivamente, traço e estado de ansiedade. Foi observada correlação significativa, mas não alta, da ansiedade-traço com a dor crônica segundo o GPM-p (r=31,5%; p=0,048) e correlação significativa e alta desse mesmo tipo de ansiedade com a depressão (r=61,3%; p<0,001). Conclusão: os transtornos de ansiedade foram muito prevalentes nos longevos com dor crônica, e esses se correlacionaram significativamente com a dor e a depressão, o que poderia justificar a necessidade de medidas terapêuticas multidisciplinares e diferentes nos quadros álgicos persistentes de idosos.

ASSUNTO(S)

dor crônica idoso ansiedade depressão.

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