Transporte de atrazina influenciado por calagem e adubaÃÃo fosfatada em ambientes de Latossolos da Bacia do Rio das Mortes (MG) / Atrazine transport influenced by liming and phosphate fertilization in the Latosols in Rio das Mortes basin (MG).
AUTOR(ES)
Fernanda Carla Wasner Vasconcelos
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
Atualmente, alÃm das atividades minerÃrias e industriais, a agricultura constitui fonte potencial de contaminaÃÃo ambiental na Bacia do Rio das Mortes (MG), devido principalmente à intensificaÃÃo do uso de agroquÃmicos nos sistemas de produÃÃo agrÃcola. Dentre os pesticidas usados em solos tropicais, a atrazina, um herbicida empregado no controle de plantas daninhas de folhas largas, vem sendo amplamente utilizada nas culturas de milho, cana-de-aÃÃcar, sorgo etc. Entretanto, estudos envolvendo o transporte da molÃcula sÃo ainda escassos no que se refere a estes solos, principalmente sob efeito de prÃticas de manejo, a exemplo da calagem e adubaÃÃo fosfatada, que podem influenciar a rota dessas molÃculas no solo por alterar o balanÃo de cargas na superfÃcie das partÃculas, o que pode facilitar ou nÃo o movimento do pesticida no perfil. Para fornecer uma visÃo geral do problema da contaminaÃÃo ambiental da Bacia do Rio das Mortes â MG pelo uso do herbicida atrazina, este trabalho avaliou o nÃvel de contaminaÃÃo dos solos nas Ãreas sob histÃrico de aplicaÃÃo do produto; avaliou o efeito das prÃticas de calagem e adubaÃÃo fosfatada na lixiviaÃÃo da atrazina em amostras de Latossolos Vermelhos com teores diferenciais de Ãxidos de ferro; e utilizou os dados observados para a molÃcula de atrazina em Latossolos Vermelhos mesofÃrrico (LV1) e hipofÃrrico (LV2) em lisÃmetros para subsidiar o modelo MACROÂ, verificando a eficiÃncia do simulador em predizer a lixiviaÃÃo deste herbicida nas condiÃÃes estudadas. Como resultados obtidos neste estudo, tÃm-se que as amostras dos solos sob cultivo de milho e aplicaÃÃo de atrazina analisadas na bacia estudada nÃo estavam contaminadas pelo resÃduo do pesticida. Nos lisÃmetros, verificou-se que a atrazina apresentou potencial de mobilidade nas amostras de LV1 e LV2, e que a menor concentraÃÃo de atrazina foi encontrada nas amostras de solo sob efeito das prÃticas de calagem e adubaÃÃo fosfatada decorrendo, provavelmente, do efeito das mesmas na dissipaÃÃo da molÃcula ao longo das colunas de solo. Como os Latossolos sÃo bastante profundos e tendem a aumentar o nÃmero de cargas positivas nos horizontes subsuperficiais, a atrazina teria uma longa distÃncia a percorrer antes de atingir o lenÃol freÃtico, e nesse percurso ela tenderia a ser retida, minimizando, assim, o risco de contaminaÃÃo de Ãguas subsuperficiais. AlÃm disso, os dados observados e os simulados no MACRO apresentaram comportamentos semelhantes constatando mobilidade mÃdia da atrazina ao longo do perfil do solo, sendo retida preferencialmente nas primeiras camadas.
ASSUNTO(S)
ACESSO AO ARTIGO
http://bibtede.ufla.br/tede//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=848Documentos Relacionados
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