Transplantes de microbiota fecal para tratamento da colite pseudomembranosa (1958-2013): prioridade de descoberta e estilos de pensamento na literatura acadêmica
AUTOR(ES)
Luz, Maurício Roberto Motta Pinto da; Waizbort, Ricardo Francisco
FONTE
Hist. cienc. saude-Manguinhos
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-09
RESUMO
Resumo Em 1958, Eiseman e colaboradores publicaram o primeiro artigo científico relatando o uso de transplante de microbiota fecal para tratar casos graves de colite pseudomembranosa. A relevância desse trabalho inovador só foi reconhecida em 1990. A literatura acadêmica sobre o tema caracteriza-se por sucessivas reconstruções. Sugerimos que tais reconstruções foram orientadas por questões de atribuição de prioridade de descoberta científica nos termos propostos por Merton. A retomada do uso de transplantes de microbiota fecal é interpretada como processo de gênese de um fato científico, conforme Fleck: ocorre a mudança de um estilo de pensamento baseado no uso de antibióticos no tratamento de doenças infecciosas para outro que considera as relações ecológicas entre hospedeiros, vetores e agentes etiológicos de doenças.
Documentos Relacionados
- Transplante de microbiota fecal no tratamento da infecção por Clostridium difficile: estado da arte e revisão de literatura
- Transplante de microbiota fecal por enteroscopia alta para o tratamento da diarreia causada por Clostridium difficile
- Molecular analysis of fecal microbiota from healthy newborns
- Colite microscópica: uma revisão da literatura
- Pensamento Lean na saúde e enfermagem: revisão integrativa da literatura