Transplante hepático na hepatite fulminante: uma experiência de 5 anos
AUTOR(ES)
Viana, Cyntia Ferreira Gomes, Rocha, Tarciso Daniel Santos, Cavalcante, Fernanda Paula, Valença Jr., José Telmo, Coelho, Gustavo Rêgo, Garcia, Jose Huygens Parente
FONTE
Arquivos de Gastroenterologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-09
RESUMO
RACIONAL: OBJETIVO: Avaliar a evolução de 20 pacientes com insuficiência hepática aguda e indicação de transplante hepático. MÉTODOS: Foi realizado estudo retrospectivo de 20 pacientes com insuficiência hepática aguda e indicação de transplante hepático. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo A com 12 pacientes que foram submetidos a transplante hepático e grupo B com oito pacientes não submetidos a transplante hepático. Ambos os grupos foram analisados de acordo com idade, sexo, tipagem sangüínea, etiologia da insuficiência hepática aguda, tempo em lista até o transplante ou até o óbito e sobrevida. Os pacientes do grupo A foram ainda analisados de acordo com o escore MELD (Model for End-stage Liver Disease), valores de pico pré-operatório de INR, AST e ALT, necessidade de transfusão de concentrado de hemácias e plasma fresco congelado durante o transplante, tempo de isquemia fria, tempo de permanência hospitalar e em unidade de terapia intensiva e necessidade de diálise no pós-transplante imediato. RESULTADOS: Grupo A: o tempo médio de espera em lista até o transplante foi de 3,4 dias e o MELD médio, de 36. Sete pacientes continuam vivos com boa função hepática em um tempo médio de seguimento de 26,2 meses. A sobrevida atuarial em 1 ano foi de 65,2%. Grupo B: foram estudados dois homens e seis mulheres com média de idade de 30,9 anos. O tempo médio de espera em lista até o óbito foi de 7,4 dias. Todos os pacientes foram a óbito esperando por um doador. CONCLUSÃO: Mesmo com todos os avanços nos cuidados de terapia intensiva, a maioria dos pacientes com insuficiência hepática aguda e indicação de transplante hepático não sobrevivem por muito tempo sem o transplante. O transplante hepático é potencialmente a única terapêutica curativa atualmente disponível e melhorou consideravelmente o prognóstico desses pacientes.
ASSUNTO(S)
transplante de fígado falência hepática aguda
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