Transplante de membrana amniótica em doenças da superfície ocular

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras.oftalmol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-12

RESUMO

Resumo Objetivo: Avaliar a eficácia clínica do transplante de membrana amniótica na reconstrução da superfície ocular. Métodos: Estudo prospectivo incluiu 23 olhos de 21 pacientes que realizaram transplante de membrana amniótica no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e na clínica de Cirurgia e Diagnose em Oftalmologia do Paraná (CDOP), localizados em Curitiba, PR, Brasil, no período de maio de 2015 a julho de 2019. A membrana amniótica foi captada a partir de parto cesárea eletivo e a termo, conservada em meio de preservação e glicerol 1:1 e armazenada a -80° Celsius. A membrana foi fixada na superfície ocular com fio nylon 10-0 ou vicryl 8-0 e/ou cola biológica. Resultados: A idade dos pacientes variou de 11-82 anos, com média de 37,4 anos. Houve maior incidência no sexo masculino (66,6%). Ocorreu diferença na distribuição do olho acometido (maior no olho direito – 65,2%). Quanto à história de cirurgia oftalmológica prévia, 12 dos 23 olhos tinham história positiva (52,2%). Observamos que nos pacientes em que foi possível a avaliação da acuidade visual pré-operatória, todos apresentaram melhora ou manutenção da acuidade visual. No pós-operatório foi observado complicações associadas à doença de base e não propriamente ao transplante de membrana amniótica. Não foram registrados casos de infecção pós-operatória. Conclusão: Houve melhora do estado geral da superfície ocular em quase totalidade dos casos em que o transplante foi realizado. Portanto, a membrana amniótica pode ser considerada uma boa alternativa para reconstrução da superfície ocular, como tratamento único ou coadjuvante.

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