Transplante de fígado: história, resultados e perspectivas
AUTOR(ES)
Meirelles Júnior, Roberto Ferreira, Salvalaggio, Paolo, Rezende, Marcelo Bruno de, Evangelista, Andréia Silva, Guardia, Bianca Della, Matielo, Celso Eduardo Lourenço, Neves, Douglas Bastos, Pandullo, Fernando Luis, Felga, Guilherme Eduardo Gonçalves, Alves, Jefferson André da Silva, Curvelo, Lilian Amorim, Diaz, Luiz Gustavo Guedes, Rusi, Marcela Balbo, Viveiros, Marcelo de Melo, Almeida, Marcio Dias de, Pedroso, Pamella Tung, Rocco, Rodrigo Andrey, Meira Filho, Sérgio Paiva
FONTE
Einstein (São Paulo)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-03
RESUMO
Em 1958, Francis Moore descreveu a técnica do transplante de fígado em cães. Em 1963, Starzl e sua equipe realizaram o primeiro transplante de fígado. Nos primeiros cinco transplante de fígado, nenhum paciente sobreviveu mais que 23 dias. Até 1977, aproximadamente 200 transplante de fígado tinham sido realizados no mundo. Neste período, foi estabelecida a solução de problemas técnicos do transplante de fígado. Calne, em 1979, utilizou, pela primeira vez, a ciclosporina em dois pacientes submetidos ao transplante de fígado. Starzl e seus colaboradores relataram, já em 1989, que a sobrevida de 1.179 pacientes submetidos ao transplante de fígado em 1 e 5 anos foi, respectivamente, de 73 e 64%. Finalmente, em 1990, Starzl relatou o primeiro uso do novo imunossupressor tacrolimo em pacientes de transplante de fígado que apresentavam rejeição mesmo com o tratamento imunossupressor convencional. O transplante de fígado iniciou-se no Hospital Israelita Albert Einstein em 1990 e já foram realizados mais de 1.400 transplantes. Em 2013, foram realizados 102 transplantes de fígado de doadores falecidos. As principais indicações para o transplante foram carcinoma hepatocelular (38%), cirrose hepática secundária ao vírus C (33,3%) e cirrose alcoólica (19,6%). Destes, 36% dos transplantes apresentavam MELD biológico superior a 30. As sobrevidas do paciente e do enxerto no primeiro ano foram, respectivamente, 82,4 e 74,8%. Um dos maiores desafios da área do transplante de fígado é o número insuficiente de doadores para uma demanda crescente de candidatos ao procedimento. Dessa forma, destacamos que tópicos relacionados à seleção de doadores/receptores, alocação e preservação de órgãos devem contribuir para o aumento e a melhora dos resultados do transplante de fígado.
ASSUNTO(S)
transplante de fígado/história cirrose hepática doadores de tecidos imunossupressão preservação de órgãos obtenção de tecidos e órgãos brasil
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