Transplante de células-tronco hematopoéticas para tumores sólidos: recomendações do Consenso Brasileiro de Transplante de Medula Óssea

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia

DATA DE PUBLICAÇÃO

30/04/2010

RESUMO

O transplante de células-tronco hematopoéticas autólogo permite o escalonamento de dose de drogas quimioterápicas e é uma estratégia atraente para tratamento de tumores sólidos, principalmente em doenças recaídas. Não há, no entanto, estudos randomizados fase III que demonstrem benefício deste procedimento em tumor sólido. Em tumor germinativo de testículo, há estudos fase II com excelentes resultados, proporcionando cura para doentes refratários a platina ou que estão em terceira linha de quimioterapia. Com base nisto, o transplante de células-tronco hematopoéticas autólogo é considerado tratamento padrão para tumor germinativo recaído. Para câncer de mama, o papel desta modalidade de tratamento permanece controverso apesar dos vinte anos de experiência. Ainda é utilizado em ensaios clínicos e talvez exista algum subgrupo que se beneficie. O procedimento não oferece benefício para câncer de ovário, pulmão ou tumor cerebral. O transplante alogeneico de células-tronco hematopoéticas para tumores sólidos se baseia no efeito enxerto-contra-tumor, que é observado para algumas doenças: câncer mamário, colorretal, ovariano, pancreático e, finalmente, renal, em que há a maior experiência. Porém, o tratamento ainda é considerado experimental.

ASSUNTO(S)

transplante de células-tronco hematopoéticas neoplasia de células germinativa e embrionária neoplasia de mama doença do enxerto contra hospedeiro

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