Translocação do glyphosate em biótipos de buva (Conyza bonariensis)

AUTOR(ES)
FONTE

Planta Daninha

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Objetivou-se com este trabalho avaliar a translocação do glyphosate em plantas de C. bonariensis resistentes e suscetíveis a esse herbicida. Para isso aplicou-se o 14C-glyphosate em mistura com glyphosate comercial (800 g ha-1) sobre o centro da face adaxial da folha do terceiro nó, utilizando-se uma microsseringa, adicionando-se 10 µL da calda com atividade específica de 1.400 Bq, aos 45 dias após a emergência da buva. A concentração de glyphosate translocado na planta foi avaliada em intervalos de tempo de 6, 12, 36 e 72 horas após a aplicação, na folha de aplicação, no caule, nas raízes e nas folhas. Dez horas após a aplicação dos tratamentos (HAT) avaliou-se também a distribuição do produto na folha de aplicação, dividida em base, centro e ápice. As avaliações foram realizadas por meio da medição da radiação emitida pelo 14C-glyphosate, em espectrômetro de cintilação líquida. Maior retenção de glyphosate foi observada na folha tratada do biótipo resistente, aproximadamente 90 % do total absorvido até as 72 horas. No biótipo suscetível esse valor foi de cerca de 70 % no mesmo período. Nas folhas, no caule e nas raízes, a maior concentração do glyphosate absorvido foi encontrada no biótipo suscetível, indicando maior eficiência de translocação neste biótipo. No biótipo resistente o herbicida se acumulou em maior quantidade no ápice e no centro da folha de aplicação e no suscetível observou-se maior acúmulo na base e no centro da mesma folha. Desta forma, pode-se afirmar que o mecanismo de resistência está relacionado à translocação diferencial deste herbicida nos biótipos.

ASSUNTO(S)

herbicidas radioquímico resistência translocação

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