Trânsito à margem do lago

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/11/2011

RESUMO

Esta dissertação aborda o trabalho Trânsito à Margem do Lago a partir da experiência artística da autora, que agrega ação efêmera, produção audiovisual, fotográfica, gráfica e textual à reflexão acadêmica. O capítulo inicial parte de trabalhos e vivências, como Armadilha e Deslocamento à Tríplice Fronteira, para traçar os antecedentes e as motivações da atual proposta e apresentar as primeiras questões, como a relação entre espaços móveis e ideias singulares de espaço. São abordados aspectos gerais de Trânsito à Margem do Lago, como a análise do contexto; a definição do lugar da ação; os desejos; a estratégia; os desafios artísticos e pessoais. Articulam-se as relações locais com o sentido de deriva aplicado pelos artistas. Apontam-se possíveis elos com extratos tradicionais da arte e configurações contemporâneas inclinadas ao espaço público, como a arte pública, crítica institucional, arte conceitual, arte e ativismo, enfatizando o papel do artista em diferentes modos de fazer. Evidencia-se o caráter efêmero, coletivo e multilocalizado da proposta por meio das especificidades dos seus desdobramentos, assim apresentados: blog, Caderno de Viagem, website, encontro Relações de Fronteira, vídeo À Margem e exposição Cinco Lagos. No segundo capítulo, intitulado Transitando Conceitos, são apresentadas ideias frutos de pesquisa bibliográfica que servem como pontos de análise à prática artística em questão. Andar trata de aspectos do caminhar enquanto prática artística; Espaços Específicos refere-se a questões sobre site specific; Campos de Atuação é uma reflexão sobre as formas pelas quais o artista vem atuando no espaço público; Deriva Viagem Deslocamento versa sobre alguns usos desses termos e seu papel em Trânsito à Margem do Lago; e Estratégia de Tomada de Espaço trata da possibilidade de ampliar espaços existenciais; aborda o modo como mulheres da zona de fronteira entre Paraguai e Brasil agem para ampliar seus espaços existenciais por meio de procedimentos cotidianos; paralelamente a isso são analisadas estratégias de tomada de espaço vindas da produção artística feminina; num outro momento as ações cotidianas de fronteira e as estratégias artísticas são justapostas na tentativa de evidenciar políticas do corpo. O terceiro capítulo, Tramas Relacionais Sobre Lugares e Subjetividades, gira em torno de relações humanas, da criação de situações de contato e dos encontros; aborda aspectos do nomadismo e a construção de subjetividades. O subcapítulo Espaços Interpessoais analisa proposições artísticas que tem em comum a ação em fronteiras físicas; Em Palavra trata-se desta como agente de encontros de ordem conceitual, como campo de aproximação entre vivências diversas, estando presentes os diálogos, a escuta, a escritura e as falas. Uma última abordagem deste capítulo foca a memória como trama relacional entre as pessoas e com os lugares; são analisados a ação, o registro, a edição, a distribuição e a circulação de proposições artísticas como campo de mediação. Finalmente, Invenção Mobilidade Guarani traz apontamentos sobre a singularidade do espaço na vida guarani, principalmente em seus aspectos contemporâneos, criando um paralelismo entre práticas artísticas que valorizam a mobilidade e esse modo de existência

ASSUNTO(S)

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