Transfusão de sangue em pacientes críticos: estado da arte

AUTOR(ES)
FONTE

Clinics

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A transfusão no paciente crítico vem sendo alvo de discussões recentes considerando seus reais benefícios na redução de morbi-mortalidade e os riscos associados ao procedimento. Nos últimos anos, alguns estudos controlados e randomizados tiveram como objetivo comparar desfechos clínicos entre pacientes que receberam transfusão de maneira mais liberal (hemoglobina alvo em torno de 9 g/dL) e transfusão de maneira mais restritiva (hemoglobina em torno de 7 g/dL). Os resultados demonstram a não superioridade da estratégia liberal comparada com a restritiva. Além disso, em alguns subgrupos de pacientes menos graves ou de menor idade, a transfusão foi associada com piores desfechos clínicos. Os riscos da transfusão de sangue no paciente crítico incluem desde incidência maior de infecções bacterianas, infecções virais, imunodepressão, reações hemolíticas e lesões teciduais inflamatórias, dentre outros. Algumas estratégias vêm sendo analisadas com o objetivo de redução dos riscos da transfusão e incluem leucorredução, implementação de medidas visando minimizar o tempo de estocagem entre outras. Consensos e recomendações recentes sugerem estratégia restritiva transfusional, estimulando uma prática que visa minimizar as perdas sanguíneas, reduzir o limiar crítico da hemoglobina, detectar anemia e tratá-la, e utilizar estratégias à transfusão, como o uso de antifibrinolíticos e da eritropoietina. O objetivo dessa revisão é avaliar à luz dos conhecimentos atuais as evidências em torno da transfusão no paciente crítico em diferentes situações, propondo a racionalização das indicações de transfusão, considerando metas a serem atingidas, com o objetivo de minimizar a morbi-mortalidade do paciente crítico.

ASSUNTO(S)

anemia transfusão pacientes críticos entrega do oxigênio resultados

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