Transfusão de concentrado de hemácias na unidade de terapia intensiva

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Terapia Intensiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-12

RESUMO

INTRODUÇÃO: A anemia é um problema comum na admissão dos pacientes nas unidades de terapia intensiva, sendo a prática de transfusão de concentrado de hemácias uma terapêutica freqüente. As causas de anemia em pacientes críticos que realizam transfusão de concentrado de hemácias são várias: perda aguda de sangue após trauma, hemorragia gastrointestinal, cirurgia, dentre outras. Atualmente, poucos estudos são disponibilizados sobre o uso de hemocomponentes em pacientes sob cuidados intensivos. Embora as transfusões sangüíneas sejam freqüentes em unidades de terapia intensiva, os critérios de manejo otimizados não são claramente definidos, não existindo, inclusive, guidelines específicos. OBJETIVOS: Analisar as indicações clínicas do uso do concentrado hemácia na unidade de terapia intensiva. MÉTODOS: Foram analisados os prontuários dos pacientes internados na unidade de terapia intensiva que realizaram transfusão de concentrado de hemácias no período de 1º de janeiro de 2005 a 31 de dezembro de 2005. O trabalho foi aceito pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). RESULTADOS: A taxa de transfusão foi de 19,33%, tendo predomínio do gênero masculino. Prevalência de paciente com idade superior ou igual a 60 anos. A taxa de óbitos nos pacientes transfundidos com concentrado de hemácias foi de 38,22%. O critério de indicação de transfusão mais freqüente foi por baixa concentração de hemoglobina (78%) com média da hemoglobina pré-transfusional de 8,11g/dl. CONCLUSÕES: Os diagnósticos pré-transfusão mais frequentes são politrauma e sepse/choque séptico. Baixa concentração de hemoglobina é o principal critério clínico com média pré-transfusional de 8,11g/dl.

ASSUNTO(S)

eritrócitos transfusão de eritrócitos unidades de terapia intensiva

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