Trajetórias escolares de pretos, pardos e brancos no ensino fundamental: um estudo longitudinal com dados coletados em escolas do Norte, Nordeste e Centro-Oeste entre 1999 e 2003 Belo Horizonte

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Este trabalho analisa a qualidade do tempo de permanência em escolas públicas para estudantes de ensino fundamental do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, sob a perspectiva racial. São verificadas diferenças entre pretos, pardos e brancos quanto a trajetórias escolares, probabilidade de evasão, probabilidade de atraso escolar e proficiência em testes padronizados de Língua Portuguesa e Matemática. Foram utilizados dados da única pesquisa longitudinal sobre educação realizada em séries finais do ensino fundamental no Brasil, que foi conduzida pelo INEP entre 1999 e 2003. Os dados foram analisados por meio da tipificação de trajetórias escolares, da análise de sobrevivência quanto ao tempo de permanência dos estudantes de diferentes estratos sociais nas escolas da amostra e da utilização de modelos de regressão hierárquicos. Encontramos evidências de que há uma proporção maior de pretos do que de pardos ou brancos em trajetórias de fracasso escolar. Além disso, nas escolas da amostra, os pretos têm desvantagens em relação aos brancos e pardos em relação à proficiência em todos os anos da pesquisa, mesmo com o controle de variáveis indicadoras de sua origem socioeconômica e proficiência inicial. Estes resultados indicam que as categorias pretos e pardos não devem ser agregadas nas análises sobre indicadores educacionais. Em relação à probabilidade de atraso escolar, encontramos diferenças significativas entre brancos e não-brancos, mas não entre pretos e pardos. Não foram verificadas diferenças raciais quanto à probabilidade de evasão escolar

ASSUNTO(S)

sociologia teses. relações raciais teses. ensino fundamental teses. estratificação social teses.

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