Trajetórias da narrativa ítalo-brasileira : 'dove è la cuccagna?'

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Marcado por fortes tendências para o gênero ensaístico, num intercâmbio constante e instável entre Ficção, História e Experiência Pessoal, o presente estudo tem por base os romances Os Malavoglia (Giovanni Verga), Pai patrão (Gavino Ledda), Vita e Stória de Nanetto Pipetta (Aquiles Bernardi), O quatrilho, A cocanha e A babilônia (José Clemente Pozenato), Juliano Pavolini e A suavidade do vento (Cristovão Tezza), Mamma, son tanto felice, O mundo inimigo e Vista parcial da noite (Luiz Ruffato). O corte epistemológico pode ser representado por duas trajetórias: a) da Itália para a América – Brasil; b) das pequenas comunidades do interior para a cidade grande. No mundo de descendência italiana imigrante, as simulações e as ilusões elaboradas pela Ficção estão mais próximas da Realidade que aquelas proporcionadas por institutos e associações, em seus argumentos e artimanhas para “resgatar as raízes” e “cultivar as tradições”, representadas por eventos como noites italianas, jantares típicos, encontros de famílias e programas radiofônicos. Nos romances, a ausência desses “eventos” é absoluta; não há brindes, nem missas de encomendação e sepultamento. Ao fim e ao cabo, o homem do campo, pós-moderno, descendente dos antigos imigrantes italianos, tornou-se um ser globalizado sem sair de casa.

ASSUNTO(S)

literatura brasileira verga, giovanni, 1840-1922 romance ledda, gavino, 1938- tese bernardi, aquiles (frei paulino), 1891- pozenato, josé clemente, 1938- imigração italiana tezza, cristovão, 1952- narrativa ítalo-brasileira critica e interpretacao ruffato, luiz, 1961- identidade cultural diversidade cultural literatura comparada

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