Tradição e Modernidade: Os tankas na poética de Wilson Bueno

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

10/05/2012

RESUMO

A composição poética tanka surgiu no Japão, por volta do ano 710, e é constituída por 31 sílabas distribuídas em cinco versos com 5-7-5-7-7 sílabas. Sua origem está no waka, forma poética que cantava trechos históricos e legendários da vida do povo nipônico. Wilson Bueno buscou nos tankas a inspiração para compor as obras pequeno tratado de brinquedos (1996) e Pincel de Kyoto (2008). Tendo como córpus de pesquisa os livros de Bueno que versam sobre o tanka, esta dissertação tem como objetivo evidenciar de que forma o escritor paranaense retoma a poesia tradicional do Japão e personaliza-a, incorporando a epifania estratégia literária de alguns autores ocidentais do século XX , conceito proposto por James Joyce, com inspiração Aquino, em Stephen Hero. Para tanto, este trabalho é dividido em três partes. Na primeira, traçamos o percurso sobre a origem e transformação do tanka no Japão; na segunda, dividida em duas seções, mostramos que o contato de Wilson Bueno com o povo e a cultura japonesa influenciaram-no intensamente, tanto que envereda pelo tanka, para, logo após, esboçarmos os pontos de convergência e divergência entre o tanka milenar e o tanka de Bueno. Na última, apresentamos a ruptura de Wilson Bueno em relação à forma tradicional nipônica, a partir do uso da epifania. Para fundamentarmos a nossa pesquisa, pautamo-nos, entre outros, nos estudos de Ezra Pound (2006), Eico Suzuki (1977), Frederick Karl (1988), Geny Wakisaka (1992), Ivan Junqueira (2000), Manuel Forte Lourenço e Manuel Pinto Ribeiro (1995), Octavio Paz (1991), Paulo Franchetti (1996), Paulo Vizioli (1991), Leyla Perrone- Moisés (1998), Afonso Romano de Santanna (1979), T. S. Eliot (1989), e Teruko Oda (1993).

ASSUNTO(S)

poesia brasileira tanka poesia japonesa literatura brasileira

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