Tradição e fundamentos éticos hipocráticos aplicáveis à terminalidade da vida
AUTOR(ES)
Magalhães, João Luiz de, Nunes, Rui
FONTE
Rev. Bioét.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-12
RESUMO
A medicina ocidental tem sua origem na Grécia antiga, quando o pensamento mítico e a prática médica sobrenatural e empírica dão lugar a uma racionalidade médica - tékhnē-iatrikē - baseada na observação da natureza. A tékhnē-iatrikē compreende a enfermidade e o enfermo como partes constitutivas da natureza, regidas por leis universais e normas preconcebidas, não devendo, por isso, ser utilizados meios irracionais para superá-las. A racionalidade técnica dominante na medicina atual afastou a prática médica contemporânea da arte hipocrática, e os avanços da ciência e da tecnologia proporcionam condições de manutenção da vida que geram dilemas éticos em pacientes terminais, relegando a dignidade humana a segundo plano. A ética hipocrática, baseando-se no respeito às leis naturais e à pessoa humana, é importante instrumento que, aliado à cultura, à técnica e à arte, proporcionam ao médico o exercício da medicina em conformidade com os preceitos de sua tradição.
ASSUNTO(S)
técnica natureza humanismo moral morte com dignidade
Documentos Relacionados
- Aspectos éticos da morte encefálica e terminalidade da vida
- Terminalidade da vida infantil: percepções e sentimentos de enfermeiros
- 2 - Concepções teóricas sobre a terminalidade da vida
- Percepção de formandos de medicina sobre a terminalidade da vida
- Apoio psicológico na terminalidade: ensinamentos para a vida