Traços de personalidade, obesidade, depressão, ansiedade e qualidade de vida podem explicar a associação entre migrânea e hábitos alimentares inadequados?
AUTOR(ES)
HAMAMCI, Mehmet; KARASALAN, Özgül; İNAN, Levent Ertuğrul
FONTE
Arq. Neuro-Psiquiatr.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-09
RESUMO
RESUMO Introdução: Poucos estudos exploraram a coexistência de migrânea e hábitos alimentares inadequados. Além disso, os mecanismos fisiopatológicos subjacentes da migrânea e da comorbidade da atitude alimentar inadequada não são claramente entendidos. Objetivo: Este estudo teve como objetivo investigar a associação entre migrânea e atitudes alimentares inadequadas em relação aos traços de personalidade, obesidade, qualidade de vida, gravidade da migrânea, depressão e ansiedade. Métodos: Este estudo incluiu 91 pacientes com migrânea episódica e 84 indivíduos saudáveis. Questionários de autorrelato foram utilizados para avaliar ansiedade, depressão, incapacidade relacionada à enxaqueca, traços de personalidade, qualidade de vida e distúrbios alimentares. Resultados: O Teste de Hábito Alimentar (THA) mostrou hábitos alimentares inadequados em 21 pacientes (23,1%) no grupo com migrânea e 8 pacientes (9,5%) no grupo controle. Os índices de incapacidade, ansiedade, depressão, neuroticismo e qualidade de vida relacionados à migrânea foram significativamente piores em pacientes com migrânea com hábitos alimentares inadequados em comparação com pacientes com migrânea sem hábitos alimentares inadequados. Em pacientes com migrânea, os escores dos testes de hábito alimentar foram correlacionados positivamente com os escores de incapacidade, ansiedade, depressão e neuroticismo relacionados à migrânea e negativamente com os escores de qualidade de vida. Conclusão: A associação de migrânea e atitudes alimentares inadequadas mostrou-se relacionada à depressão, ansiedade, qualidade de vida e traços de personalidade, podendo também indicar uma migrânea mais clinicamente grave. Até onde sabemos, não há estudo de literatura que lide com todos esses dados relevantes juntos. No entanto, são necessários estudos biológicos baseados em neuropsiquiatria para entender melhor essa associação multifacetada.
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