TRACE ELEMENTS IN PLASMA AND NUTRITIONAL ASSESSMENT IN PATIENTS WITH COMPENSATED CIRRHOSIS ON A LIVER TRANSPLANT LIST
AUTOR(ES)
GUERRA, Thays Santana, HOEHR, Nelci Fenalt, BOIN, Ilka de Fátima Santana Ferreira, STUCCHI, Raquel Silveira Bello
FONTE
Arq. Gastroenterol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-06
RESUMO
RESUMO Contexto - Na doença hepática crônica os níveis plasmáticos de oligoelementos normalmente apresentam-se baixos, mas a causa específica e implicações funcionais desta anormalidade ainda não estão bem esclarecidas. Estes elementos podem estar diminuídos em consequência da função hepática alterada em pacientes com cirrose e/ou desnutrição. Objetivo - Avaliar o estado nutricional e o perfil de oligoelementos plasmáticos dos pacientes com cirrose hepática em lista para transplante e correlacionar com a gravidade da doença. Métodos - Trata-se de um estudo transversal, no qual foram avaliados 31 pacientes do sexo masculino com diagnóstico de cirrose hepática compensada em lista de espera para transplante de fígado. O estado nutricional foi avaliado objetivamente por medidas antropométricas através do escore de Mendenhall e classificado segundo Blackburn, subjetivamente por um questionário sistematizado por Detsky e a gravidade da doença pelo escore MELD e CTP. Os oligoelementos plasmáticos (Zn, Se, Cu, Ca, Fe, Mg e Mn) foram analisados pelo método de espectrometria de massas com fonte de plasma indutivamente acoplado (ICP-MS). Para análise estatística foi utilizado o Teste de Mann-Whitney. Resultados - De acordo com a avaliação nutricional 19 (61,3%) estavam com desnutrição e 12 (38,7%) com sobrepeso. Em relação à gravidade da doença 12 (39%) foram classificados como Child A, 17 (55%), Child B e 2 (6%) Child C, sendo 46,9% dos pacientes com o escore MELD >17. Na análise dos oligoelementos 31 (100%) apresentaram níveis de Mn acima dos valores de referência, 23 (74,2%) níveis baixos de Cu, 29 (93,5%) com deficiência de Se, e 31 (100%) níveis baixos de Ca e Mg. Em relação à gravidade da doença não houve diferença estatística entre os oligoelementos estudados, já em relação ao estado nutricional o grupo desnutrido apresentou níveis maiores de Mn (P=0,01) e Fe (P=0,01) e níveis diminuídos de Zn (P=0,03) quando comparado ao grupo sobrepeso. Conclusão - Os resultados mostraram que os oligoelementos estão alterados na doença hepática crônica, sem associação significativa com a gravidade da doença, mas sim com o estado nutricional. A desnutrição está presente nos pacientes estudados, porém um novo cenário com aumento na prevalência de sobrepeso foi verificado independente do grau de descompensação hepática.
ASSUNTO(S)
estado nutricional oligoelementos cirrose hepática transplante hepático.
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