Trabalho sem proteção social, desemprego e saúde em regiões metropolitanas brasileiras, 1998 e 2003
AUTOR(ES)
Giatti, Luana, Barreto, Sandhi Maria, César, Cibele Comini
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-10
RESUMO
Este estudo investiga se trabalho sem proteção social assim como desemprego menor do que 12 meses e superior a 12 meses estão associados à pior condição de saúde. Foram estudados homens com idades entre 15 e 64 anos, residentes em oito regiões metropolitanas que participaram da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios em 1998 (n = 31.870) e 2003 (n = 32.887). Comparados ao trabalho com proteção social (> 40 horas/semana), trabalho sem proteção social, e desemprego de curta e longa durações foram associados à pior condição de saúde independentemente da idade e escolaridade. Cirrose hepática foi a doença mais fortemente associada com a situação no mercado de trabalho. Sua prevalência foi mais alta entre aqueles inseridos no trabalho sem proteção e com desemprego de longa duração. A situação no mercado de trabalho também foi negativamente associada ao uso de serviços de saúde, especialmente consultas médicas. O presente estudo mostrou que a inserção no trabalho sem proteção social, o desemprego e o tempo de desemprego caracterizam grupos heterogêneos de indivíduos em relação à saúde. Resultados reforçam a necessidade de incorporar a situação no mercado de trabalho nos estudos de desigualdades em saúde.
ASSUNTO(S)
desemprego seguro saúde desigualdades em saúde
Documentos Relacionados
- Desemprego, trabalho sem proteção social e saúde: Uma análise do indivíduo e do contexto
- Trabalho infantil e familias em regiões metropolitanas brasileiras
- Mercado de trabalho e vulnerabilidade em regiões metropolitanas brasileiras
- MERCADO DE TRABALHO NAS REGIÕES METROPOLITANAS BRASILEIRAS
- Efeitos da crise financeira de 2008 sobre o desemprego nas regiões metropolitanas brasileiras