Trabalho bancário e reestruturação produtiva : implicações no psiquismo dos trabalhadores

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Há alguns anos o trabalho nos bancos brasileiros é objeto de profundas mudanças, sobretudo após a implantação do Plano Real em 1994. Em seus esforços para se adaptar à nova contingência econômica do país e ao aumento da concorrência no setor, os bancos flexibilizam suas estruturas, diminuem os efetivos, implantam sistemas informáticos que permitem o tratamento das informações com utilização de menos trabalhadores e utilizam cada vez mais a terceirização de atividades antes efetuadas por seus empregados. Essas mudanças não se dão sem reflexos sobre os trabalhadores. Estes devem se adaptar as situações novas, ao aumento da pressão no trabalho, da exposição a riscos e ao fim da segurança no emprego. A partir de uma pesquisa feita com caixas de uma agência bancária, fizemos, neste trabalho, uma análise das repercussões das mudanças dos psiquismo dos trabalhadores, com uma atenção particular às formas de mobilização da inteligência e da personalidade no trabalho e na utilização de estratégias coletivas de defesa para enfrentar o sofrimento. Analisamos também a relação entre essas mudanças e o aumento da incidência de LER/DORT entre bancários. Para realizar a pesquisa e a análise dos dados, utilizamos o aporte teórico e metodológico da Psicodinâmica do Trabalho, disciplina que estuda em que situações as condições organizacionais determinam o sentido e a mobilização subjetiva no trabalho, e também as repercussões dessas condições sobre a saúde dos trabalhadores.

ASSUNTO(S)

trabalho bancário mudança organizacional saúde ocupacional saúde mental

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