Trabalhadores e trabalhadoras técnico-administrativos em educação na UFMG: relações raciais e a invisibilidade ativamente produzida

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

24/08/2011

RESUMO

A presente pesquisa teve como objetivo compreender quais são os sentidos e significados de ser trabalhador negro ou trabalhadora negra e trabalhador branco ou trabalhadora branca na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), construídos pelos técnico-administrativos em educação desta universidade durante as suas trajetórias profissionais e de vida. Além disso, buscou-se analisar a trajetória deste trabalhador ou desta trabalhadora antes e após o ingresso na UFMG a fim de verificar se a questão étnico-racial produziu algum impacto sobre a sua vida. Os pressupostos teórico-metodológicos basearam-se na História Oral. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionário cuja finalidade era levantar o perfil dos sujeitos da pesquisa e sua autodeclaração racial, bem como o interesse em participar da mesma. Também foram realizadas entrevistas individuais semi-estruturadas com um grupo de 15 trabalhadores e trabalhadoras autoclassificados como pretos, pardos e brancos. A pesquisa evidenciou que no contexto da universidade a categoria dos técnico-administrativos em educação, como um todo, goza de uma invisibilidade ativamente produzida. E constatou, também, que essa situação é mais aguda para os autodeclarados negros. Tal constatação nos leva a afirmar que a UFMG, como instituição pública e formadora, necessita desenvolver estratégias e políticas acadêmicas e administrativas de enfrentamento das injustiças sociais e dos padrões racistas e sexistas de trabalho, de poder e de conhecimento que envolvam não somente discentes e docentes, mas, principalmente, o segmento dos trabalhadores técnico-administrativos.

ASSUNTO(S)

educação  teses trabalhadores.  aspectos sociais  universidades e faculdades     relações raciais 

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