Toxocaríase humana: freqüência de anticorpos anti-Toxocara em crianças e adolescentes atendidos em um ambulatório especializado de filariose linfática em Recife, Nordeste do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-04

RESUMO

Através de estudo do tipo transversal com amostra constituída por 386 crianças e adolescentes atendidos em um ambulatório especializado de filariose, do Recife, nordeste do Brasil, determinou-se a frequência de anticorpos anti-Toxocara e sua relação com faixa etária, sexo, número de eosinófilos periféricos, microfilárias de Wuchereria bancrofti e parasitos intestinais. A freqüência encontrada de anticorpos IgG total anti-Toxocara, realizada através da técnica de ELISA, foi de 39,4%, com 40,1% no sexo masculino e 37,6% no feminino, diferença esta sem significância estatística. O grupo com maior freqüência de anticorpos anti-Toxocara foi o de 6-10 anos (60%) e, apenas nessa faixa etária, encontrou-se uma diferença estatisticamente significante quanto ao sexo, com predomínio do masculino. Observou-se associação estatisticamente significante entre o número de eosinófilos e a presença de anticorpos anti-Toxocara. A freqüência de parasitos intestinais foi de 52,1%, porém sem associação entre este achado e a presença de anticorpos anti-Toxocara. Na presente análise, 42,2% dos pacientes eram portadores de microfilárias de Wuchereria bancrofti, porém esta infecção não esteve associada à presença de anticorpos anti-Toxocara o que sugere que não houve cruzamento do ELISA com a presença de parasitoses intestinais e filariose.

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