Toxicidade Diferencial de Agroquímicos a Neoseiulus californicus (McGregor) (Acari: Phytoseiidae) e Tetranychus urticae Koch (Acari: Tetranychidae) em Morangueiro

AUTOR(ES)
FONTE

Neotropical Entomology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2002-07

RESUMO

Este trabalho teve por objetivo avaliar a toxicidade diferencial de agroquímicos a populações de ácaros das espécies Neoseiulus californicus (McGregor) e Tetranychus urticae Koch coletadas de cultivos comerciais de morangueiro (Fragaria sp.) em Atibaia, SP. No teste de toxicidade aguda, fêmeas adultas de N. californicus foram tratadas através de pulverização direta utilizando torre de Potter. O ácaro predador N. californicus mostrou tolerância igual ou superior a T. urticae a diversos produtos, em condições de laboratório. A maior diferença foi observada para o acaricida propargite, para o qual o ácaro predador mostrou-se 25,1 vezes mais tolerante que o ácaro rajado. Este fitoseídeo também se mostrou 4,7; 2,9 e 2,5 vezes mais tolerante que o ácaro rajado, a clorfenapir, fempiroximate e ciexatim, respectivamente. No teste de toxicidade residual de agroquímicos, a pulverização foi realizada em canteiros de morango. Foram coletados folíolos em diferentes períodos após a aplicação e infestados artificialmente com fêmeas adultas de N. californicus. As avaliações de mortalidade foram realizadas 48h ou 72h após a infestação. Fempiroximate, fempropatrim, dimetoato, propargite, enxofre e benomil mostraram-se inócuos a N. californicus. Clorfenapir, ciexatim e abamectim foram significativamente prejudiciais ao ácaro predador causando mortalidades iniciais entre 37,5% e 57,5%. A utilização de ácaros predadores como desta população de N. californicus, que apresenta baixa suscetibilidade a diversos agroquímicos, poderia ser muito útil em programas de manejo de T. urticae em morangueiro no Brasil

ASSUNTO(S)

Ácaro predador ácaro rajado controle químico

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