Toxicidade de tiametoxam e imidaclopride para ninfas de Podisus nigrispinus (Dallas) (Heteroptera: Pentatomidae) em associação ao controle do pulgão e da mosca-branca em algodoeiro
AUTOR(ES)
Torres, Jorge B., Ruberson, John R.
FONTE
Neotropical Entomology
DATA DE PUBLICAÇÃO
2004-02
RESUMO
Este trabalho avaliou a toxicidade de tiametoxam e imidaclopride para ninfas de Podisus nigrispinus (Dallas) e a eficiência desses inseticidas no controle da mosca-branca e do pulgão em algodoeiro. Em laboratório, os inseticidas foram 217,6 e 223,4 e 1435,2 e 346,8 vezes mais tóxicos (CL90) por ingestão que por contato residual para ninfas de 2º e 5º instares do predador, respectivamente. A sobrevivência de ninfas de P. nigrispinus confinadas em plantas de algodoeiro em potes e tratadas com os inseticidas em concentrações acima de 1 mg (i.a.) por planta foi afetada até 52 dias após tratamento, porém no campo a sobrevivência de ninfas foi afetada somente até nove dias após tratamento com os inseticidas. Todas as concentrações dos inseticidas foram eficientes no controle de mosca-branca até 40 dias após tratamento de plantas em potes. A população da moca-branca apresentou baixa densidade no campo, sem diferenças entre tratamentos inicialmente, porém com maior população de mosca-branca em plantas não tratadas e tratadas com 0,5 mg (i.a.) do tiametoxam aos 64 dias de idade das plantas. Parcelas tratadas com concentrações de inseticidas inferiores a 1 mg (i.a.) por planta apresentaram infestação do pulgão abaixo de 10% até aos 61 dias de idade. Nessa idade das plantas, parcelas não tratadas ou tratadas com 0,5 mg do tiametoxam apresentaram infestações de 68,7 e 31,2%, respectivamente. A utilização de até 1 mg (i.a.) de tiametoxam e imidaclopride por planta objetivando o controle da mosca-branca e do pulgão do algodoeiro, vinculada à preservação de P. nigrispinus, apresenta maiores chances de sucesso devido ao menor efeito residual.
ASSUNTO(S)
bemisia tabaci aphis gossypii fitofagia percevejo predador
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