Tonalidades afetivas na dramaturgia existencial de El Astillero

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A presente pesquisa tem como objetivo mostrar o tema da tonalidade afetiva heideggeriana na literatura do escritor uruguaio Juan Carlos Onetti, em especial no romance El astillero. Parte do pressuposto heideggeriano de que a transcendência do Dasein só encontra sentido próprio em seus existenciais. Sendo a disposição afetiva (Stimmung), assim como a compreensão e o discurso, um existencial constitutivo do Dasein, não pode ser interpretada como um psicologismo, ou estado anímico do ente, mas sim, implicada em seu agir como ser-no-mundo. Nisso, retoma-se a idéia heideggeriana de que a essência do Dasein reside em sua existência e a tonalidade afetiva é um modo constitutivo desse existir. Destarte recorre à filosofia heideggeriana para, através dessa noção, discorrer a respeito da atmosfera de El astillero, enquanto Stimmung histórica do tédio profundo. E também, a interpretação de algumas personagens afinadas, correlativamente, a essa atmosfera e a outras tonalidades afetivas de destaque na filosofia heideggeriana, assim como o temor e a angústia, enquanto Stimmung da decisão autêntica de viver na presença da morte.

ASSUNTO(S)

onetti, juan carlos - critica e interpretação literatura uruguaia literaturas estrangeiras modernas

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