Tolerância de macroinvertebrados bentônicos ao enriquecimento orgânico em rios de montanha da Região Nordeste do Rio Grande do Sul, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Acta Limnol. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-06

RESUMO

OBJETIVO: o objetivo do estudo foi determinar a valência ecológica de macroinvertebrados bentônicos em diferentes níveis de poluição em rios e arroios na região nordeste do Rio Grande do Sul. MÉTODOS: o conjunto de dados provém de coletas realizadas entre 2002-2011, em 35 ecossistemas lóticos. O Índice Químico foi utilizado para verificar os níveis de poluição. Os índices de riqueza e diversidade de Shannon foram utilizados para caracterizar a estrutura das comunidades bentônicas. Os descritores utilizados para determinar a valência ecológica dos taxa foram selecionados de acordo com os resultados de análises do Coeficiente de Variação e de regressão. Grupos de tolerância foram identificados por meio de análises da amplitude interquartil e de agrupamento. RESULTADOS: A condutividade e o Índice Químico foram os descritores que mostraram a maior relação com as comunidades de macroinvertebrados bentônicos. Estas métricas foram utilizadas para determinar a amplitude de tolerância de 38 taxa. As análises da amplitude interquartil e de agrupamento evidenciaram três grupos de taxa, conforme sua ocorrência em diferentes níveis de poluição: taxa com amplitudes estreitas, presentes em locais com enriquecimento orgânico muito alto ou muito baixo; taxa com amplitudes moderadas, encontrados até locais com poluição moderada; e taxa de ampla ocorrência em diferentes condições ambientais. CONCLUSÃO: o presente estudo contribui para aumentar o conhecimento sobre o potencial bioindicador de macroinvertebrados bentônicos, fornecendo bases para um biomonitoramento avançado da qualidade ecológica em águas correntes do sul do Brasil.

ASSUNTO(S)

macroinvertebrados bioindicadores ecossistemas lóticos níveis de poluição sul do brasil

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