TMN : uma metodologia para modelos de informação

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1997

RESUMO

Este trabalho foi fruto de uma cooperação entre a Embratel e a Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Unicamp. No primeiro semestre de 1995 o setor de Telefonia da Embratel-São Paulo, mais especificamente o responsável pela área de Comutação, estava começando a implantar um Centro de Supervisão das centrais trânsito da cidade de São Paulo. Havia o interesse da empresa em desenvolver um trabalho de pesquisa em conjunto com a universidade, tendo como assunto um tema ligado a este Centro de Supervisão. Nesta época, a Embratel já havia dado início ao processo de licitação de sua TMN. Numa primeira etapa, as quatro centrais trânsito digitais da cidade de São Paulo, nos bairros de Morumbi, Penha, Lapa e Bela Vista tiveram seus terminais de operação e manutenção duplicados e centralizados no Centro de Supervisão na sede da empresa. Ou seja, este centro passou a receber as mesmas informações que as equipes de operação alocadas nas centrais, além também de poder enviar comandos para cada uma delas. A etapa seguinte consistiu na implementação de um banco de dados e uma rede de gerência. Os terminais PC, que antes eram dedicados a cada uma das centrais, passaram a ser ligados em rede, o que possibilitou o acesso às centrais de qualquer computador que estivesse conectado a esta rede. Com o banco de dados, começaram a se estabelecer rotinas de software que acionavam alarmes face à ocorrência de determinadas mensagens de falha ou outros eventos importantes. A experiência proporcionada por este ambiente deixou muito clara a importância da gerência e seus problemas intrínsecos, como a interoperabilidade e a dificuldade em centralizar informações. Era de se esperar assim que este trabalho resultasse em um tema ligado aos problemas de gerência e à TMN. Os capítulos seguintes, de certa forma, ordenam o caminho seguido para a realização do trabalho. Esta seqüência estabelecida representa quase um guia de auto-aprendizado sobre TMN e Modelos de Informação. A TMN não é fruto de idéias mirabolantes ou meras concepções teóricas, existem razões práticas, para que o ITU esteja investindo tanto tempo e dinheiro nela. A ausência de uma bibliografia em português voltada para o ambiente de Telecomunicações, em muito contribuiu para uma certa falta de clareza dos objetivos de uma TMN. Apesar da extensa quantidade de normas publicadas pelo ITU, esta documentação é muito confusa e às vezes permite interpretações ambíguas. Por ser muito genérica, realizar muitas referências cruzadas e nem sempre ter sido originada para e pelo ambiente de Telecomunicações, sua leitura não é das mais simples. Muitas das idéias da TMN estão mais ligadas à Informática do que às Telecomunicações, ou pelo menos, sempre foram mais importantes neste primeiro ambiente. E agora, mais do que nunca, o profissional de Telecomunicações terá que se aproximar de idéias como Banco de Dados Centralizado, Orientação Objeto, Modelo de Informação e protocolos de gerência. O profissional de telecomunicações, responsável pela operação da rede, não precisa ser especialista nestes temas, porém deve conhece-los o suficiente a ponto de ser capaz de especificar e/ou discutir as necessidades de gerência do equipamento. Só desta forma um Sistema de Gerência pode ser implantado de forma eficaz, pois dificilmente haverá outro profissional que conheça melhor o equipamento e suas necessidades de gerência. As normas do ITU ligadas à TMN e utilizadas no presente trabalho são por demais genéricas e um dos objetivos do trabalho é exemplificar e interpretar alguns de seus pontos, sempre procurando abordar aspectos práticos. No ambiente de operação, muito cedo percebe-se a importância das mensagens de falhas do equipamento. Em parte por esta razão, e também por ser a gerência mais madura em termos de recomendações do ITU, foi dada maior atenção à Gerência de Falhas e Alarmes

ASSUNTO(S)

gerenciamento da informação telecomunicações sistemas de telecomunicações banco de dados - gerencia

Documentos Relacionados