Thrombolysis in acute pulmonary embolism

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Assoc. Med. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-03

RESUMO

RESUMO OBJETIVOS A embolia pulmonar aguda (EAP) é uma causa importante de mortalidade cardiovascular ao causar instabilidade hemodinâmica. Nesses casos, a recomendação é a realização de algum procedimento de reperfusão, sendo a trombólise sistêmica a principal terapia utilizada. No entanto, dados nacionais avaliando a eficácia e a segurança da trombólise são escassos. MÉTODO Análise retrospectiva de uma série de casos. Foram incluídos 13 pacientes com o diagnóstico de EAP de alto risco e quatro pacientes de risco intermediário-alto, de um único centro, e que foram tratados com alteplase 100 mg. RESULTADOS A média de idade dos pacientes foi 55 anos, sendo a maioria do gênero feminino (76,4%). Dos fatores de risco para TEV, estavam presentes a imobilização (41,17%), o uso de anticonceptivos (35,29%), câncer (17,63%) e história prévia de TVP (11,76%). As manifestações clínicas mais frequentes da EAP foram dispneia (88,23%), hipóxia (82,35%), hipotensão (82,35%) e taquicardia (64,70%); 82,35% dos pacientes apresentaram sinais ecocardiográficos de disfunção ventricular direita e 52,94% apresentaram aumento da troponina e BNP. Sangramento grave associado à trombólise ocorreu em 17,54% dos casos. Nenhum paciente faleceu em decorrência de sangramento. Houve oito mortes por insuficiência ventricular direita (47%): seis nos casos de paciente que se apresentaram como EAP de alto risco (35,3%) e duas nos casos de risco intermediário-alto (11,8%). CONCLUSÃO A trombólise nos pacientes com EAP de alto risco ou risco intermediário-alto apresentou uma taxa de sangramento grave de 17,6%. No entanto, a alta mortalidade dessa população (47%) por insuficiência ventricular direita justifica o uso desta modalidade terapêutica.

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