The soybean crop: growth model and pyraclostrobin application / A cultura de soja: modelo de crescimento e aplicação da estrobilurina piraclostrobina

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

No Brasil, a soja ocupa a maior área cultivada. Problemas relacionados com doenças fúngicas na cultura têm sido responsáveis por perdas de produtividade de grãos de até 95%. A utilização de compostos a base de piraclostrobina (estrobilurina) tem provido aumento de produtividade e controle de doenças, principalmente da ferrugem asiática, considerada uma das principais doenças da soja no momento. Visando um aporte à pesquisa nas respostas fisiológicas da cultura, este estudo objetivou avaliar o efeito fisiológico de um fungicida a base da estrobilurina piraclostrobina em diferentes cultivares de soja. Realizaram-se dois experimentos, de novembro de 2005 a maio de 2006, no campo experimental da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", utilizando as variedades cultivadas M-SOY 8008 RRe BRS 245 RRe um experimento conduzido com a variedade cultivada BRS Conquista, em casa-de-vegetação (condições parcialmente controladas), de janeiro a maio de 2007. Foram realizadas medidas fisiológicas (fotossíntese líquida, respiração, síntese de etileno e atividade da enzima nitrato redutase), fenométricas (fitomassa seca de folhas, caule e total e área foliar), além da produtividade. Os dados obtidos nos ensaios a campo foram utilizados nos modelos propostos por Van Keuler e Wolf (1986). Nos dois experimentos a campo, o delineamento experimental foi de blocos ao acaso com três tratamentos (T1: sem aplicação de fungicida, T2: duas aplicações da estrobilurina piraclostrobina e T3: duas aplicações de tebuconazol - triazol - em R1 e R5.1) com 4 repetições. Em casa-de-vegetação, o delineamento adotado foi o de blocos ao acaso com dois tratamentos (T1: aplicação da estrobilurina piraclostrobina e T2: sem aplicação) e cinco repetições. Na variedade cultivada M-SOY 8008 RR, a aplicação da estrobilurina piraclostrobina no estádio fenológico R1 e R5.1 incrementa a taxa fotossintética nos dois períodos de aplicação. A atividade da enzima nitrato redutase somente é incrementada quando a aplicação é realizada no estádio fenológico R1. A taxa respiratória decresce após a aplicação da estrobilurina piraclostrobina (estádio fenológico R5.1). A estrobilurina piraclostrobina incrementa a taxa de assimilação bruta de CO2 da planta e a taxa de assimilação líquida de CO2 nas vagens, a massa de 1000 grãos e a produtividade de 13 e 4 sacas ha-1 em relação ao tratamento sem aplicação e ao tratamento com aplicação de triazol, respectivamente. Em relação a variedade cultivada BRS 245 RR, a estrobilurina piraclostrobina aumenta o acúmulo de fitomassa seca de folhas, caule e total e da área foliar em torno de 14 dias após a primeira aplicação, mantida até o final do ciclo. Os resultados obtidos em casa-de-vegetação revelaram que a aplicação da estrobilurina piraclostrobina aumenta a taxa fotossintética e atividade da enzima nitrato redutase até o 7 dias após a aplicação, com valores máximos aos 7 DAA para a fotossíntese e ao 0 DAA para a atividade da enzima nitrato redutase. A condutância estomática e a transpiração aumentaram até 3 dias após a aplicação, momento onde é verificado o máximo efeito. O decréscimo na taxa respiratória é mantido até os 7 DAA, entretanto a biossíntese de etileno é inibida progressivamente até os 18 DAA. Com base nos resultados, conclui-se que a aplicação da estrobilurina piraclostrobina em soja causa aumento da atividade fisiológica ocasionando incremento da produtividade de grãos, sendo que a maior atividade na taxa de assimilação de carbono e nitrogênio ocorre até o os 7 DAA.

ASSUNTO(S)

fisiologia vegetal produtividade fungicidas - aplicações yield fungicide. physiological effect soja. glycine max l. merril

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