The Southern Brazilian shelf: general characteristics, quaternary evolution and sediment distribution

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Oceanography

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Estendendo-se entre as latitudes 34ºS e 22ºS, a plataforma continental sul-brasileira constitui o único setor que corresponde a um ambiente subtropical a temperado. Os estudos dos diferentes aspectos geológicos da área iniciaram-se na década de 1960 e foram recentemente retomados após os trabalhos relativos à delimitação da Zona Econômica Exclusiva. Em termos de morfologia, pode ser dividida em três setores: Embaiamento de São Paulo, Setor Florianópolis-Mostardas e o Cone do Rio Grande, cada qual definido com base em diferenças geológicas relativas a batimetria, declividade e a presença de cânions e canais. A despeito da existência de centenas de datações ao radiocarbono, a curva de variações relativas do nível do mar no Último Ciclo Glacial é ainda tema de debate. Controvérsia recente sobre as curvas de variação do nível do mar sobre as durante o Holoceno Médio e Tardio trouxe à tona a questão da amplitude das oscilações do nível do mar. Adicionalmente, poucas mas consistentes datações sugerem a ocorrência de um nível do mar elevado durante o Estágio Isotópico 3. Em termos de processos sedimentares atuais, a plataforma continental sul-brasileira exibe um controle hidrodinâmico muito forte, tanto latitudinal quanto batimétrico. O setor ao sul de 25ºS é caracterizado pela influência da pluma de água que carreia sedimentos originários do Rio da Prata, cuja presença é conspícua até 28ºS, havendo uma zona de transição entre essas duas latitudes. A plataforma externa é marcada pelo "efeito enceradeira" da Corrente do Brasil, relíquia responsável pela manutenção de uma fácies em áreas além da isóbata de 100 metros.

ASSUNTO(S)

plataforma continental sedimentação variações do nível do mar Último ciclo glacial

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