THE ROUTINE OF THE PRÃ-ESCOLA IN THE VISION OF THE TEACHERS, THE CHILDREN AND ITS FAMILIES / A rotina da PrÃ-Escola na visÃo das Professoras, das CrianÃas e de suas FamÃlias.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Esta pesquisa està vinculada a uma proposta maior de trabalho que envolve investigaÃÃo e desenvolvimento profissional em contextos de EducaÃÃo Infantil, visando promover a qualidade dessa primeira etapa da educaÃÃo bÃsica em parceria com os profissionais que nela atuam. Seu interesse especÃfico diz respeito ao uso do tempo e do espaÃo na organizaÃÃo das experiÃncias educativas, ou seja, a rotina da instituiÃÃo. Nesse sentido, seu objetivo geral à analisar as percepÃÃes das professoras, das crianÃas e de suas famÃlias acerca da rotina na prÃ-escola e dos fatores que presidem a sua organizaÃÃo. Trata-se duma pesquisa qualitativa â estudo de caso do tipo etnogrÃfico â realizada em 2004, numa instituiÃÃo pÃblica de Ensino Fundamental da rede municipal de Fortaleza que atende, tambÃm, crianÃas em idade de 4 a 6 anos. O trabalho de campo combinou diferentes instrumentos de coleta de dados: observaÃÃo participante, entrevista, questionÃrio e anÃlise de documentos. A anÃlise das informaÃÃes coletadas foi subsidiada por contribuiÃÃes das teorias sÃcio-interacionistas (PIAGET, 1975, 1978a, 1978b, 1986; WALLON, 1981, 1989, 1995; VYGOTSY 1989a, 1989b, 1996) para a concretizaÃÃo da intencionalidade educativa de creches e de prÃ-escolas e para a efetivaÃÃo de uma Pedagogia para a InfÃncia (ROCHA, 1997, 2002; OLIVEIRA-FORMOSINHO, 2007, 2001; ZABALZA, 1998). A escuta das professoras constatou que: dos componentes que constituem a rotina, apenas a âtarefaâ à compreendida como pedagÃgica; a sala de aula à o espaÃo fÃsico concebido como privilegiado para o desenvolvimento das atividades e para as aprendizagens das crianÃas; com exceÃÃo da ampliaÃÃo do tempo destinado à âtarefaâ, a rotina nÃo precisa de alteraÃÃes, pois todos, notadamente as crianÃas, estÃo satisfeitos com ela. Na perspectiva das famÃlias, o item preferido da rotina à a âtarefaâ, principalmente aquela que envolve escrita e leitura; a sala de aula à o local mais apropriado para as crianÃas aprenderem; a reduÃÃo do tempo destinado à brincadeira em benefÃcio da âtarefaâ tornaria a rotina ainda melhor. Para as crianÃas, a rotina à marcada pela repetiÃÃo da mesma atividade (âtarefaâ) da qual nÃo gostam; realiza-se na âsala da professoraâ; para ficar âlegalâ precisa incluir a brincadeira. A comparaÃÃo das falas destes sujeitos aponta muita semelhanÃa entre o que pensam pais e professoras acerca das crianÃas, da EducaÃÃo Infantil, do papel de seus trÃs principais atores e da rotina. No entanto, à grande a diferenÃa entre as opiniÃes dos adultos e das crianÃas sobre a escola e as atividades aà desenvolvidas. Considerando que as concepÃÃes partilhadas pelos adultos tÃm funÃÃo produtiva no trabalho pedagÃgico desenvolvido na instituiÃÃo, identificÃ-las, compreendÃ-las e tornÃ-las objeto de reflexÃo por todos os envolvidos na educaÃÃo e no cuidado das crianÃas constituem passos importantes e necessÃrios à renovaÃÃo da rotina posta em prÃtica. A valorizaÃÃo dos conhecimentos, dos sentimentos e das aspiraÃÃes de seus diferentes sujeitos - professoras, famÃlias e crianÃas - à outro aspecto imprescindÃvel à construÃÃo de uma EducaÃÃo Infantil de qualidade a fim de que creches e prÃ-escolas possam realmente se constituir em cenÃrio de aprendizagem, desenvolvimento e bem-estar para todos que nelas convivem.

ASSUNTO(S)

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