The new wave of international authoritarian populism of the 2010s has also arrived in Africa? The Mozambique and Angolan cases
AUTOR(ES)
Vidal, Nuno Fragoso
FONTE
Topoi (Rio de Janeiro)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2023
RESUMO
RESUMO Este artigo lida com o possível impacto das mais recentes tendências internacionais de populismo autoritário nos sistemas políticos africanos subsaarianos. Contrariamente às dominantes correntes de interpretação, argumenta-se aqui que não estamos em presença de uma nova influência internacional ou modelo a ser seguido localmente. Estamos perante o mais recente exemplo de um longo percurso histórico-político de adaptação das tendências internacionais aos sistemas políticos locais, conforme se estruturaram no período pós-colonial. Não se trata de réplicas pobres de populismo autoritário da mais recente vaga internacional da década de 2010, mas de mais uma assimilação seletiva de tendências políticas internacionais aos sistemas localmente dominantes. Através da análise dos casos específicos de Moçambique e Angola, este artigo discute histórica e teoreticamente a natureza dos regimes e sistemas políticos, mediante uma abordagem crítica das mais atuais discussões da história/ciência política sobre os chamados regimes híbridos, combinando características liberais e iliberais, que recorrem a designações como democracia illiberal, democracias de fachada, autocracias eleitorais, Estados semiautoritários, regimes autoritários competitivos, Estados pós-neo liberais, ou novos regimes autoritário-competitivos.
Documentos Relacionados
- International development strategies for the XXIst century and post-modern patrimonialism in Africa – Angola and Mozambique
- Interventional psychiatry: the revolution has arrived
- Nocardiosis: a neglected chronic lung disease in Africa?
- Há salvação para a África? Thabo Mbeki e seu New Partnership for African development
- Should medical students go to South Africa?