The feminine place in school: a study of social representations / O lugar feminino na escola: um estudo em representações sociais
AUTOR(ES)
Daniela Barros da Silva Freire Andrade
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006
RESUMO
Neste estudo, intenta-se conhecer as representações sociais (MOSCOVICI, 1978) que circulam nos diferentes contextos de comunicação, dos atores sociais de uma comunidade escolar, a respeito do(s) lugar(es) identificado(s) como potencialmente feminino(s). O lugar feminino é entendido, neste estudo, a partir do depoimento de três especialistas que convergiram para três indicadores, sendo eles: 1. a abertura para o outro, 2. a espera ativa e 3. a rebeldia do imaginário fecundo. Esses indicadores, articulados ao conceito de espaço narrativo (SENNETT, 1990), foram tomados como qualificadores da themata feminino, em sua manifestação sócio-espacial. Os resultados apresentados referem-se ao contexto de uma escola da rede pública de ensino de Cuiabá-MT, onde se realizaram observações e entrevistas com 44 alunos, dez professoras e sete funcionários. Para a análise das informações, utilizou-se as técnicas de análise compreensiva, de conteúdo (BARDIN,1995) e análise lexical (REINERT, 1986). Os resultados indicam que as representações sociais que os diferentes grupos possuem dos lugares da escola estão conectadas com as representações acerca de si, de seu grupo e das pessoas que ocupam esses lugares. Os lugares com grande potencial narrativo e, portanto, lugares femininos, como a quadra e o banheiro estão associados ao sentido de transgressão que parece se estender aos seus usuários, sendo estes reconhecidos como transgressores. A expressão do feminino na escola converge para o sentido de comportamentos contra-normativos que, se assumidos pelos informantes, remeteria-os a uma desaprovação social. A escola, constituída com bases na themata feminino, traduz-se em uma escola não dita, silenciada, o que não significa que seja compreendida como inoperante. Ela parece viver por entre as brechas dos processos instituídos, na zona muda como propõe Abric (2003), a face encoberta e, estrategicamente, não confessável de uma rede de significados que participa da construção simbólica e dos processos identificatórios que envolvem a escola e seus atores sociais
ASSUNTO(S)
representacao social lugar feminino subjetividade mulheres -- identidade feminine place feminilidade (psicologia) educacao
ACESSO AO ARTIGO
http://www.sapientia.pucsp.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3177Documentos Relacionados
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