THE EVALUATION OF INFLIXIMAB TROUGH LEVEL FAVORS MAINTENANCE THERAPY OF PATIENTS WITH INFLAMMATORY BOWEL DISEASE

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FONTE

Arquivos de Gastroenterologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2023

RESUMO

RESUMO Contexto: A doença de Crohn e a colite ulcerativa são doenças crônicas nas quais existem desregulação do sistema imune da mucosa do trato gastrointestinal. Uma das terapias usadas no tratamento dessas doenças são as medicações biológicas, entre elas o Infliximabe. A monitorização do tratamento dos pacientes com Iinfliximabe é feita por exames complementares: calprotectina fecal, pesquisa de atividade inflamatória, exames endoscópicos e imagem. Utiliza-se, também a dosagem do nível sérico do Infliximabe e a pesquisa de anticorpos. Objetivo: Analisar uma população com doenças inflamatórias intestinais, em tratamento com Infliximabe, submetida a avaliação do nível sérico do Infliximabe e do anticorpo, além de possíveis fatores que possam alterar ou contribuir no tratamento. Métodos: Trata-se de estudo retrospectivo, transversal, realizado por meio da revisão dos prontuários dos pacientes com doença inflamatória intestinal, em um hospital sul-brasileiro, no período de junho de 2014 até julho de 2016, que foram submetidos a avaliação dos níveis séricos de Infliximabe e do anticorpo. Resultados: Foram incluídos 55 pacientes, submetidos a dosagem do Infliximabe e do anticorpo, totalizando 95 coletas sanguíneas. Destes, 55 realizaram uma primeira coleta, 30 tiveram uma segunda amostra coletada e 10 coletaram uma terceira vez. Vinte e nove pacientes eram do sexo feminino (52,7%) e vinte e seis do sexo masculino (43.2%). Quarenta e cinco (47,3%) casos tinham diagnóstico de doença de Crohn (81,8%) e 10 de colite ulcerativa (18,2%). Em relação ao nível sérico encontrou-se nível adequado em 30 coletas (31,57%), subterapêutico em 41 coletas (43,15%) e supraterapêutico em 24 coletas (25,26%). A prescrição foi otimizada em 40 (42,10%) casos, mantida em 31 (32,63%) pacientes, suspensa em 7 (7,60%) ou que o intervalo entre as infusões fosse aumentado (17,85%). Na análise geral, em 53 coletas (55,79%) a conduta foi definida em função exclusivamente da dosagem sérica do Infliximabe e/ou do anticorpo, já em relação, apenas a primeira coleta obteve-se 33 (60%) pacientes. Avaliando-se os pacientes um ano após, obteve-se: em 38 (69,09%) pacientes a conduta foi mantida com Infliximabe e, em 8 (14,54%) foi optado por troca de classe, em 2 (3,63%) foi optado por troca da medicação na mesma classe, em 3 (5,45%) pacientes a medicação foi suspensa e não foi substituída e, em 4 (7,27%), perdeu-se o seguimento. Conclusão: Não encontrou-se diferença entre os níveis de Infliximabe entre os grupos com ou sem imunossupressor, albumina sérica, velocidade de hemossedimentação, Calprotectina, Proteína C reativa, exames endoscópicos e exames de imagem. A conduta atual pode ser mantida em quase 70% dos pacientes. Concluindo, a dosagem do nível sérico e do anticorpo é ferramenta útil no acompanhamento dos pacientes em terapia de manutenção e após a indução de tratamento em pacientes com Doença Inflamatória Intestinal.

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