The effect of temperature and salinity on the physiological rates of the mussel Perna perna (Linnaeus 1758)
AUTOR(ES)
Resgalla Jr., Charrid, Brasil, Elisângela de Souza, Salomão, Luis Carlos
FONTE
Brazilian Archives of Biology and Technology
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-05
RESUMO
O molusco bivalve Perna perna é o Mytilidae de maior tamanho e o mais abundante na costa brasileira. Apresenta uma grande importância sócio-econômica devido ao seu uso na mitilicultura, disponibilizando para o consumo humano uma fonte protéica barata proporcionado pelos sistemas de cultivos costeiros. Entretanto, existe uma carência de estudos fisiológicos da espécie, que poderiam ser úteis na avaliação de novas áreas de cultivo, assim como no monitoramento de ambientes contaminados. Neste trabalho foram realizadas testes fisiológicos para determinar as taxas de respiração, clareamento, excreção e eficiência de absorção em laboratório, sob condições crônicas e agudas, em diferentes temperaturas e salinidades. Desta forma, foi possível determinar as oscilações e a capacidade de aclimatação da espécie que servem como base para o entendimento do organismo no ambiente natural, além de gerar conhecimento básico para estimativas do seu potencial de crescimento. Todos os experimentos foram realizados em condições estáticas com dez réplicas e com um mexilhão por frasco teste. A taxa de respiração foi estimada pela diminuição do oxigênio dissolvido na água de incubação, a taxa de clareamento pela diminuição da concentração do fitoplâncton oferecido como alimento, a taxa de excreção pelo aumento da concentração do N-NH4+ e a eficiência de absorção pela diferença entre os conteúdos de matéria orgânica do alimento e das fezes produzidas. Perna perna apresentou capacidade de aclimatação total para as taxas de clareamento e para a eficiência de absorção (15 a 30 ºC) e parcial para as taxas de respiração e excreção sob condições crônicas de temperatura. Em condições de choque térmico, as taxas de clareamento e respiração dobraram em magnitude como resposta ao metabolismo de atividade. Para a salinidade, P. perna apresentou uma maior capacidade de aclimatação (20 a 40 ‰). Para o crescimento líquido, P. perna apresentou uma diminuição de sua eficiência com o aumento da temperatura e foi constante entre as salinidades de 20 a 35 ‰.
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