The Directly Observed Therapy organization in counties with priority, in the Sao Paulo State (2005). / "A organização do tratamento supervisionado nos municípios prioritários do Estado de São Paulo(2005)"

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O Tratamento Supervisionado consiste num dos melhores instrumentos disponíveis na luta contra a Tuberculose. Assim propôs-se analisar a organização do Tratamento Supervisionado nos 36 municípios prioritários do Estado de São Paulo. Para o alcance dos objetivos utilizou-se uma abordagem qualitativa, que buscou entender o significado do fenômeno individual ou coletivo para a vida das pessoas, selecionando-se para este fim todos os coordenadores dos municípios prioritários do Estado de São Paulo. A técnica utilizada na análise dos dados foi analise de conteúdo, modalidade temática, evidenciando-se dois núcleos de sentido centrais: Aspectos técnicos-operacionais na execução do Tratamento Supervisionado e Estratégias de Intervenção para Adesão do paciente. Em relação ao primeiro núcleo, verificou-se que em 13 (59%) dos municípios não utilizam critérios para a inserção do paciente em TS, 13 (59%) determinam à freqüência de supervisão, seguindo normas ou protocolos institucionais, 18 (81%) dos municípios realizam a supervisão da ingesta medicamentosa predominantemente em Unidades de Saúde, sendo que na maioria desses, não há possibilidade da realização do TS no domicílio, em casos de impossibilidade do paciente deslocar até o serviço. A supervisão medicamentosa em 11 (50%) dos municípios prioritários é realizada, exclusivamente, por profissionais de saúde, entretanto importantes atores estão se integrando ao TS, como membros da família, da comunidade e Agentes Comunitários de Saúde. No que se refere ao segundo núcleo, nota-se que uma das estratégias de intervenção lançadas pelas equipes consiste na entrega de incentivos e benefícios, demonstrando as relações de solidariedade entre profissionais de saúde e paciente, observando-se assim que as relações de acolhimento e vínculo são os pilares principais para as equipes que buscam a adesão do paciente. Destaca-se ainda, que a relação de vínculo, faz com que as equipes ao realizar o TS, sintam-se tão próximas do paciente, que num processo de transferência, sentem-se responsáveis por todas as suas necessidades. Um ponto ainda a ser destacado como estratégia de adesão, corresponde a própria flexibilidade das equipes, durante a realização do TS, respeitando as escolhas dos pacientes. Conclui-se, portanto que o TS deve ser realizado dentro de um espírito democrático, tendo como protagonista principal o próprio paciente, assumindo a responsabilidade na regularidade da ingestão medicamentosa, mas dentro de uma conformação de respeito e empatia.

ASSUNTO(S)

terapia diretamente observada tuberculosis directly observed therapy tuberculose

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