THE DETERMINANTS OF BRAZILIAN INTEREST RATES FOR LONG-TERM PUBLIC FIXED INCOME SECURITIES / OS DETERMINANTES DAS TAXAS DE JUROS BRASILEIRAS PARA TÍTULOS PÚBLICOS PRÉ-FIXADOS DE LONGO PRAZO
AUTOR(ES)
ANDRE CABUS KLOTZLE
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
Este trabalho objetiva, por meio da utilização de um modelo de paridade coberta de juros ajustada aos riscos país e demais riscos (sobretudo domésticos), verificar, estatisticamente, quais são os determinantes da taxa de juros brasileira para títulos públicos pré-fixados de longo prazo - no caso, as Notas do Tesouro Nacional Série F (NTN-Fs) de prazo aproximado de 10 anos, com vencimento em 2017. A variável dependente foi definida como a taxa de retorno das respectivas NTN-Fs, ao passo que as variáveis independentes ou explicativas foram a taxa livre de risco dos Treasuries norte-americanos de 10 anos, o prêmio de risco Brasil e o risco cambial. Os demais riscos (especialmente domésticos), por se tratarem do diferencial entre as NTN-Fs e as outras variáveis, encontram-se dentro do componente de termo do erro. Tendo em vista que as variáveis independentes possuem fortes relações de multicolinearidade - o que trouxe resultados visados para o coeficiente de determinação e aqueles individuais -, optou-se por rodar um modelo VAR e, a partir do mesmo, extrair os graus de endogeneidade de cada variável. Assim, foi possível observar o grau de importância e causalidade das variáveis individualmente e se o modelo estava corretamente especificado - ou seja, se a taxa de juros das NTN-Fs de longo prazo foi de fato explicada pelas demais variáveis. As principais ferramentas do modelo VAR - decomposição de variância e funções impulso-resposta - permitiram tirar importantes conclusões acerca dos impactos defasados de variações ou choques ocorridos nas variáveis independentes sobre a taxa de juros das NTN-Fs analisadas. Os resultados comprovaram que a taxa de juros das NTN-Fs é a variável mais endógena do modelo e, portanto, a dependente, além disso, mostrou que o risco cambial é a variável menos endógena, indicando sua importância cada vez menor na formação das taxas de juros de longo prazo no Brasil. A conclusão mais relevante, contudo, foi a evidência de que existe uma correlação negativa entre a taxa de juros livre de risco e a taxa dos títulos de longo prazo brasileiros, contrariando, pelo menos em 2007, a Teoria das Carteiras, que prevê uma relação positiva entre a taxa livre de risco e o retorno de um ativo.
ASSUNTO(S)
risk-country modelo var taxa livre de risco risco cambial var model currency risk risk-free rate risco-pais