The care by obstetric nurses: the encounter between self care bodies and other woman who is cared for

AUTOR(ES)
FONTE

Esc. Anna Nery

DATA DE PUBLICAÇÃO

13/12/2019

RESUMO

RESUMO Objetivo: Analisar os discursos de enfermeiras obstétricas sobre o cuidado de si e as decisões sobre sua vida e seu corpo, bem como a relação com o cuidado destinado a outras mulheres. Metódo: Pesquisa qualitativa, de referencial pós-estruturalista. Dados obtidos de entrevistas em profundidade com 14 enfermeiras obstétricas e submetidos à analítica do discurso, tendo como base conceitual Foucault. Resultados: Os achados revelam que o cuidado para a enfermeira obstétrica é produzido no encontro entre o corpo de si e o corpo das mulheres sob cuidados. A profissão de enfermagem apresentou-se não apenas enquanto meio de trabalho e sustento, mas como importante dispositivo para formação das mulheres enquanto sujeitos. A narrativa coletiva é marcada pela atitude de compaixão, por processos de subjetivação incitados pela prática profissional, por indicativos de um cuidado crítico e político, e pela construção de uma rede de imbricamento entre as enfermeiras obstétricas. Conclusões e implicações para a prática: A atuação em enfermagem obstétrica resulta em efeitos produtores de cuidado de si e de (des)cuidado de outras mulheres. O estudo contribui para a análise e o conhecimento do cenário de vida e de trabalho das enfermeiras obstétricas e a reafirmação do potencial de cuidado presente nas práticas destas mulheres.ABSTRACT Objective: To analyze the obstetric nurses’ discourse on self-care and decisions make of their life and body, and their relation with care for other women. Method: A qualitative, post-structuralist research with 14 obstetric nurses. Data were obtained from in-depth interviews and submitted to discourse analysis, based on the concepts of Foucault. Results: The findings reveal that caring of obstetric nurses is produced in the encounter between their own body and the body of the women under their care. The nursing profession was presented not only as a means of work and support but as an essential device for the training of women as subjects. The collective narrative is marked by the attitude of compassion, by the processes of subjectivity incited by the professional practice, by indicators of critical and political care, and by the construction of an interlocking network among obstetrical nurses. Conclusions and implications for practice: Acting in obstetric nursing results in self-care and care(less) effects of other women. The study contributes to the analysis and knowledge of the life and work scenario of obstetrical nurses. It also reassures the potential of care as an art that is present in the women’s practices.

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