THE AÇOITA-CAVALO INTRODUCTION CULTURE IN VITRO (Luehea divaricata Martius et Zuccarini) / INTRODUÇÃO AO CULTIVO IN VITRO DE AÇOITA-CAVALO (Luehea divaricata Martius et Zuccarini)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Açoita-cavalo, Luehea divaricata Martius et Zuccarini, pertencente à família Tiliaceae, é uma espécie florestal que sofreu grande ação antrópica nas últimas décadas, fato este que contribuiu muito para a redução das populações naturais, tornando necessária a conservação de germoplasma in vitro. Apresenta germinação lenta e irregular, variável entre 20% e 75%, e viabilidade das sementes muito desuniforme. Estas características contribuem para uma reduzida freqüência da espécie em florestas naturais. Como forma de propagação vegetativa, a micropropagação torna-se uma alternativa para a regeneração de plantas que apresentam dificuldade de reprodução natural, além de se apresentar como uma maneira de conservação das espécies. O trabalho teve como objetivos estabelecer um protocolo de desinfestação para germinação asséptica de sementes de açoitacavalo, determinar o tipo de explante e o meio de cultivo mais eficientes para o estabelecimento in vitro, verificar a influência da orientação do explante no frasco sobre o desenvolvimento in vitro e observar a influência de diferentes concentrações da citocinina BAP na multiplicação de segmentos nodais de açoita-cavalo. Os trabalhos foram realizados no Laboratório de Cultura de Tecidos do Núcleo de Biotecnologia e Melhoramento do Departamento de Fitotecnia, Centro de Ciências Rurais da UFSM, em Santa Maria, RS. As sementes foram coletadas e armazenadas pela Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária Fepagro/Florestas em Santa Maria, RS, em 2004 e 2005, e as plântulas obtidas foram utilizadas como fonte de explantes para os estudos in vitro. Durante os experimentos de desinfestação observou-se que a imersão das sementes em água quente é fundamental para o controle (parcial) de microrganismos associados às sementes, bem como promover uma maior taxa de germinação. O cloreto de mercúrio controlou parcialmente a contaminação fúngica e totalmente a contaminação bacteriana, porém demonstrou toxidade ao desenvolvimento das plântulas com o aparecimento de folhas amareladas. Para o estabelecimento in vitro de açoita-cavalo pode-se empregar tanto ápices caulinares como segmentos nodais, independente do meio de cultivo WPM ou MS. Para o enraizamento, o meio WPM foi mais eficiente, nos dois tipos de explantes, ápices caulinares e segmentos nodais. Visando maximizar o cultivo de açoita-cavalo, deve-se utilizar para o estabelecimento o meio WPM, por ter custo reduzido e explantes do tipo segmento nodal, que são produzidos em maior número por plântula. Não há influência da orientação do explante em relação ao frasco no desenvolvimento de culturas in vitro de açoita-cavalo. Nas concentrações testadas, a citocinina BAP inibiu a formação de brotações e folhas. As concentrações de BAP testadas foram altas e podem ter sido tóxicas ao desenvolvimento dos segmentos nodais de açoita-cavalo. Novos estudos devem ser realizados para uma averiguação mais aprofundada do cultivo in vitro de açoita-cavalo.

ASSUNTO(S)

recursos florestais e engenharia florestal luehea divaricata micropropagação luehea divaricata cultivo in vitro micropropagation culture in vitro

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