THAAS informatizado em crianças de sete anos com fissura labiopalatina: estudo comparativo / SAAAT Computerized in seven-years-old children with cleft lip and palate: comparative study

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/06/2011

RESUMO

As fissuras labiopalatinas congênitas são malformações faciais que ocorrem durante o período fetal e embrionário. A otite média com efusão (OME) é amplamente citada na literatura como de grande ocorrência na população com e sem esta anomalia craniofacial. Repetidos episódios de OME, que ocasionam períodos de perda auditiva e consequente privação sensorial, podem afetar várias funções cognitivas, dentre elas, a atenção. O Teste de Habilidade de Atenção Auditiva Sustentada Informatizado (THAAS-I) é um método de informação objetivo para descrever o comportamento de atenção auditiva em crianças. É uma tarefa de vigilância auditiva para medir a atenção da criança, indicada pelas respostas corretas para as pistas linguísticas específicas e para medir a atenção sustentada, indicada pela habilidade da criança em manter a atenção e a concentração na tarefa por um período de tempo prolongado. Objetivou-se verificar e comparar o desempenho de crianças de sete anos com e sem fissura labiopalatina no THAAS I. O grupo com fissura (GF) é constituído de 21 pacientes com fissura labiopalatina e o grupo controle (GC), de 22 escolares sem esta malformação. Os pacientes estavam na faixa etária de sete anos, possuíam audição dentro dos padrões de normalidade, ausência de dificuldade para compreender o teste, ausência de queixa e/ou afecção das vias aéreas superiores e inexistência de histórico de queixa de desatenção. O THAAS-I foi aplicado em cabina acústica apresentando de forma diótica, uma lista de 100 palavras monossilábicas, incluindo 20 ocorrências da palavra alvo \"não\", apresentadas seis vezes sem interrupção. A criança deveria pressionar o botão esquerdo do mouse (clicar) toda vez que ouvisse a palavra não. Foi considerado como erro de desatenção quando a criança não pressionou o botão do mouse em resposta à palavra alvo e como erro de impulsividade quando a criança pressionou o botão do mouse para outra palavra ao invés da palavra não. A soma do número de erros de desatenção e impulsividade resulta na pontuação total. O decréscimo de vigilância é obtido pela diferença entre o número de respostas corretas para a palavra não na 1ª e na 6ª apresentação. Como resultados, foram encontradas as médias de 60,2 e 51,8 de erros de desatenção para os grupos GF e GC respectivamente, assim como médias de 55,5 e 46,3 para erros de impulsividade, 115,7 e 97,9 para a pontuação total e médias de 3,9 e 4,0 para o decréscimo de vigilância desses grupos, de forma respectiva. Houve correlação forte e estatisticamente significante para os parâmetros desatenção/impulsividade, desatenção/pontuação total e impulsividade/pontuação total, para ambos os grupos. Foi encontrada correlação fraca e sem diferença estatisticamente significante para os parâmetros desatenção/decréscimo de vigilância, impulsividade/decréscimo de vigilância e pontuação total/decréscimo de vigilância para os dois grupos. Concluiu-se que o grupo com fissura labiopalatina apresentou maior número de erros que o grupo controle em relação à desatenção, impulsividade e pontuação total, porém sem diferença estatisticamente significante entre eles. O desempenho quanto ao decréscimo de vigilância foi semelhante entre os dois grupos estudados.

ASSUNTO(S)

atenção attention audição child cleft palate criança fissura palatina hearing

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