Testes dicoticos verbais e não-verbais em crianças com doença cerebrovascular

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

o presente estudo em doença cerebrovascular (DCV) teve por objetivo caracterizar a habilidade de atenção seletiva em crianças e adolescentes a partir da aplicação de testes auditivos dicóticos com estímulos verbais e não-verbais. Foram incluídos pacientes com DCV de comprometimento unilateral e episódio único confirmados pela avaliação clínica neurológica e exames de imagem como tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética cerebral. Todos foram acompanhados desde a fase aguda da doença e apresentavam sensibilidade auditiva, habilidades de linguagem, nível de atenção e função cognitiva compatíveis com as tarefas exigidas, confirmados por avaliação fonoaudiológica e neuropsicológica. Foram avaliadas 13 crianças de ambos os sexos (7 meninos) com idades entre 7 e 16 anos, grupo propósito (GP), durante a realização de tarefas de integração e separação binaural. Os resultados foram pareados com grupo controle (GC) formado por crianças destras, do mesmo sexo, idade e nível sócio-econômico do GP. Os testes aplicados foram o dicótico não-verbal de escuta direcionada e os verbais, consoante-voga~ dicótico de dígitos e de dissílabos alternados (Staggered Spondaic Word Test/SSW). Foi possível constatar no teste não-verbal de escuta direcionada assimetria de respostas entre as orelhas direita e esquerda na etapa de atenção livre, e dificuldade em focalizar a atenção. para a orelha solicitada nas etapas de atenção direcionada. No teste consoantevogal foi constatada direção variável da assimetria perceptual na etapa de atenção livre e, dificuldade em dirigir a atenção para a orelha solicitada nas etapas de atenção direcionada. No teste de dígitos e de dissílabos alternados foram constatadas alterações ipsilaterais, contralaterais ou bilaterais em relação ao hemisfério acometido pela DCV

ASSUNTO(S)

percepção auditiva neurologia infantil

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