Testagem anti-HIV em mulheres grávidas no Brasil: taxas e preditores

AUTOR(ES)
FONTE

Revista de Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-10

RESUMO

OBJETIVO: Estimar as taxas de oferta e realização do teste anti-HIV e seus preditores entre mulheres que receberam atendimento pré-natal. MÉTODOS: Foi conduzido estudo transversal, de base populacional, com 2.234 puérperas em 12 cidades do Brasil. Amostras probabilísticas foram selecionadas independentemente por cidade, entre puérperas que compareceram a pelo menos uma visita pré-natal. Foram coletados dados sociodemográficos, informações sobre cuidado pré-natal e acesso a intervenções de prevenção do HIV durante a gravidez corrente, com a utilização de um questionário. Foram realizadas análises bivariadas e multivariadas para verificar os efeitos independentes das covariáveis na oferta e realização do teste anti-HIV. Os dados foram coletados no período de novembro de 1999 a abril de 2000. RESULTADOS: A realização do teste na gravidez foi relatada por 77,5% das entrevistadas. A oferta do teste anti-HIV foi positivamente associada a: conhecimento prévio sobre a prevenção da transmissão materno-infantil do HIV; maior número de visitas pré-natal; maior nível de escolaridade e ter cor da pele branca. A taxa de aceitação do teste anti-HIV foi de 92,5%. CONCLUSÕES: Os resultados indicam que a disseminação da informação sobre prevenção da transmissão materno-infantil do HIV pode contribuir para aumentar a cobertura da testagem anti-HIV durante a gravidez. Mulheres não-brancas com menores níveis educacionais devem ser priorizadas. Estratégias para aumentar a participação de populações vulneráveis ao cuidado pré-natal e a sensibilização de trabalhadores de saúde são de grande importância.

ASSUNTO(S)

gestantes infecções por hiv síndrome de imunodeficiência adquirida cuidado pré-natal fatores socioeconômicos estudos transversais

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