Termos de parentesco nas línguas Tuparí (família Tupí)

AUTOR(ES)
FONTE

Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciênc. hum.

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/04/2019

RESUMO

Resumo Este artigo analisa os termos de parentesco nas cinco línguas do ramo Tuparí, da família linguística Tupí, em duas abordagens distintas. Inicialmente, o artigo apresenta uma comparação das terminologias de parentesco das línguas Tuparí e reconstrói correlatos no Proto-Tuparí para as principais categorias de parentes consanguíneos e afins. As cinco línguas Tuparí apresentam termos claramente cognatos e reconstruíveis para a protolíngua para as diversas posições de parentesco: avós (FF, FM, MF, MM), pais (M, F), tios (MZ, MB, FZ), irmãos (B, Z), primos (FBS, FBD), filhos (S, D), sobrinhos (BS, BD, ZD, ZS), netos (SS, SD, DS, DD) e afins (W, H, DH). A partir da comparação das terminologias de parentesco nas línguas Tuparí, o artigo discute aspectos da terminologia do sistema de parentesco Tuparí, procurando situá-lo no contexto da teoria amazônica do parentesco pós-1990, tendo como base as representações terminológicas das línguas individuais e as reconstruções postuladas para Proto-Tuparí.Abstract This article analyzes kinship terminology in the five languages of the Tupari branch of the Tupi family through two distinct approaches. First, the article compares kinship terms used in the Tupari languages and reconstructs ancestral Proto-Tupari forms for the main categories of consanguineous kin and in-laws. The five members of the Tupari branch possess clearly cognate terms which can be reconstructed for the proto-language of the family in various shared kinship configurations: grandparents (FF, FM, MF, MM), parents (M, F), aunts and uncles (MZ, MB, FZ), siblings (B, Z) and cousins (FBS, FBD), children (S, D), nieces and nephews (BS, BD, ZD, ZS), grandchildren (SS, SD, DS, DD), and affines (W, H, DH). Building upon the comparison of kinship terms within the contemporary Tupari languages and the ancestral forms reconstructed for Proto-Tuparí, these kinship systems are then discussed through the lens of anthropological theory, situating them within the theoretical developments in Amazonian kinship studies since 1990.

Documentos Relacionados