Terapia baseada na música na reabilitação de indivíduos com esclerose múltipla: revisão sistemática de ensaios clínicos

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Neuro-Psiquiatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-06

RESUMO

RESUMO Introdução: A esclerose múltipla (EM) é a maior causa de incapacidade neurológica crônica em adultos jovens. Um crescente número de estudos controlados avalia a reabilitação por meio de tratamentos não medicamentosos, cuidados complementares incluindo a terapia baseada na música (TBM). Objetivo: Analisar a evidência de efetividade da TBM na abordagem terapêutica de indivíduos diagnosticados com EM. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática de ensaios clínicos com busca nas bases de dados Biosis, Cinahl, Cochrane, Ebsco, Eric, Google Scholar, Ibecs, Lilacs, Lisa (ProQuest), Medline, PEDro, PsycINFO (APA), Psychological & Behavioral, PubMed, SciELO, Scopus, Sportdiscus e Web of Science. Foram incluídos ensaios clínicos comparando TBM versus terapia convencional/sem intervenção. Resultados: Dentre os 282 estudos identificados, 10 ensaios foram selecionados. Desses, a amostra total consistia em 429 indivíduos (253 alocados no grupo experimental (TBM) e 176 no grupo controle (terapias convencionais ou sem intervenção). Todos os estudos apresentaram elevada qualidade metodológica. Modalidades da TBM foram reunidas em quatro grupos: (1) Audição rítmica; (2) Tocar instrumentos musicais; (3) Dança como estratégia; e (4) Terapia neurofuncional baseada na música. A maioria dos estudos identificou que a TBM é melhor que a terapia convencional ou nenhuma intervenção nos parâmetros da marcha (duplo apoio e velocidade), níveis de fadiga, fatigabilidade, coordenação, destreza, equilíbrio, força de membros inferiores, estado emocional e dor. Os dados sobre fatigabilidade mental e memória foram conflitantes e as evidências são incertas. Conclusão: A TBM é uma abordagem segura na reabilitação clínica de indivíduos com EM e propicia resultados positivos nas funções motoras e não motoras.

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