Teorias linguÃsticas e concepÃÃes de lÃngua em provas de vestibular da COVEST/COPSET

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Esta pesquisa tem o objetivo de verificar que teorias lingÃÃsticas e que concepÃÃes de lÃnguas estÃo subjacentes nas provas de vestibular. Para tanto, o corpus selecionado foram as provas de lÃngua portuguesa da 1 fase elaboradas pela equipe da COVEST/COPSET, para os vestibulares das Universidades Federal e Federal Rural de Pernambuco dos anos de 1990, 1995, 2000 e 2005. Na metodologia desse trabalho, foi traÃado o seguinte percurso: primeiro, apresentam-se as teorias lingÃÃsticas, concepÃÃes de lÃngua e Ãreas da lingÃÃstica que exerceram e exercem influÃncia na didÃtica das aulas de lÃngua portuguesa; no segundo momento, partindo-se do princÃpio de que o vestibular à uma avaliaÃÃo atravÃs da qual sÃo avaliadas as condiÃÃes de ensino e de que as concepÃÃes de avaliaÃÃo e de lÃngua estÃo imbricadas, apontaram-se as concepÃÃes de avaliaÃÃo; em seguida, foi traÃado um breve percurso histÃrico do vestibular, desde sua instituiÃÃo como âexame vestibularâ atà as atuais tentativas de minimizar as injustiÃas sociais que lhe sÃo atribuÃdas; finalmente, foi feita a anÃlise do corpus. Os resultados desse trabalho apontam que as teorias lingÃÃsticas estruturalistas e gerativo-transformacionais, que apoiaram a concepÃÃo de lÃngua como sistema e como instrumento de comunicaÃÃo, ficaram evidentes nas provas de 1990 e de 1995. Isso à um indÃcio de que essas concepÃÃes deveriam estar em voga tambÃm no ensino, favorecendo que a avaliaÃÃo fosse tÃo somente o instrumento atravÃs do qual se conferia em que medida as regras do sistema foram internalizadas, negando, dessa maneira, sua real funÃÃo: a de servir como indicador dos fatores passÃveis de mudanÃas. Os resultados evidenciaram, tambÃm, que as provas de 2000 e de 2005 apontam reflexos dos estudos lingÃÃsticos desenvolvidos nas universidades, sobretudo a partir da dÃcada de 80. Por Ãltimo, concluÃmos que o vestibular, por ser considerado o vetor que condiciona o ensino, tem muito a contribuir para que a teoria sÃcio-interacionista da linguagem, a qual ancora a concepÃÃo de lÃngua como instrumento de interaÃÃo social, seja posta em uso pelas escolas e cursinhos, que, certamente, passarÃo a adotar tambÃm uma avaliaÃÃo mais dialÃgica, o que poderà gerar ganhos significativos para o ensino de lÃngua portuguesa

ASSUNTO(S)

evaluaciÃn linguistica avaliaÃÃo exÃmenes de selectividad concepciones de lenguas vestibular concepÃÃo de lÃngua

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