TensÃes e DistensÃes na ConstruÃÃo do Habitus Associativo: uma anÃlise comparativa nas organizaÃÃes associativas de catadores de lixo na ParaÃba

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O objetivo desta tese à analisar as tensÃes e distensÃes pelas quais se dÃo os processos de construÃÃo do habitus associativo, a partir de um estudo comparativo entre duas experiÃncias associativas de catadores de lixo na ParaÃba: A AssociaÃÃo dos Trabalhadores de Materiais ReciclÃveis de JoÃo Pessoa (Astramare) e a Cooperativa dos Trabalhadores de Materiais ReciclÃveis de Campina Grande (Cotramare). Pensar as tensÃes e distensÃes nas organizaÃÃes associativas à questionar como o âhabitus associativoâ tende a estar imbricado nas prÃticas cotidianas individuais ou coletivas daqueles sujeitos? Assim, buscamos especificamente: Verificar como os catadores associados compreendem, agem e reagem, e compartilham valores e princÃpios, isto Ã, se posicionam diante da experiÃncia/vivÃncia de um trabalho associativo, expressa nas prÃticas diÃrias individuais e coletivas; identificar os efeitos e as apropriaÃÃes por parte do associado, no sentido do âpertencimentoâ e uma identidade associada a sua organizaÃÃo; numa experiÃncia em que a situaÃÃo social encontra-se desfavorÃvel Ãs condiÃÃes normalmente necessÃrias à associatividade; e como eles percebem a mudanÃa (de contingÃncia). Para atingir estes objetivos recorremos Ãs tÃcnicas da pesquisa de campo, atravÃs da observaÃÃo: direta intensiva (observaÃÃo nÃo sistemÃtica e participante, e entrevistas semi-estruturadas); direta extensiva (lanÃando mÃo de questionÃrios). Utilizamos, ainda, a abordagem quantitativa, apenas como instrumento de descriÃÃo quantitativa do conteÃdo manifesto nos questionÃrios. Os estatutos, livros de registros contÃbeis, fichas dos associados, atas de reuniÃes e demais documentos disponÃveis foram submetidos à anÃlise documental. Ao mesmo tempo, para o tratamento dos dados, utilizamos o aporte da metodologia quantitativa, atravÃs do programa estatÃstico SPSS (mÃdia aritmÃtica, correlaÃÃo e variÃncia) contribuindo para reinterpretaÃÃo das observaÃÃes qualitativas. Os resultados da pesquisa nos mostraram que a tensÃes, vivenciadas nas duas experiÃncias, na construÃÃo do habitus associativo estÃo relacionadas à reproduÃÃo de um habitus precÃrio, ou seja, certas disposiÃÃes de comportamentos que nÃo se ajustava ou nÃo atendiam as demandas objetivas requeridas pela nova situaÃÃo â experiÃncia associativa. Isto Ã, aqueles indivÃduos pareciam nÃo dispor de um conjunto de sentimentos (co-participaÃÃo na gestÃo do empreendimento, confianÃa, solidariedade) exigido ao processo associativo.

ASSUNTO(S)

habitus associativo habitus precarious practices associations solidarity sociologia participation democratica solidariedade prÃticas associativas participaÃÃo democrÃtica habitus associations habitus precÃrio

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