Tendências no transplante de córnea de 2001 a 2016 no Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Bras. Oftalmol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

08/10/2018

RESUMO

RESUMO Estudo retrospectivo e analítico, baseado em dados do Sistema Nacional de Transplantes de 184.575 transplantes de córnea realizados no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2016, com o objetivo de analisar as tendências do transplante de córnea no Brasil de 2001 a 2016. Os testes de Cochran-Armitage, análise de variância e comparações múltiplas de duncan foram realizados para verificar a existência de tendência, comparação de médias entre regiões e verificação da diferença média, respectivamente. Um nível de significância de 5% foi utilizado em todos os testes. No Brasil, houve um aumento: de 2,4 vezes no número de transplantes de córnea (de 6.193 [35,2 pmp] para 14.641 [71 pmp] - p<0,001); de 50,7% na eficácia de atender a demanda populacional de transplantes de córnea (de 35,3% para 53,2% - p<0,001); de 11 vezes no número de centros de transplantes de córnea (de 32 para 356); e de 2,5 vezes no número de equipes transplantadoras de córnea (de 276 para 688). A lista de espera para o transplantes de córnea diminuiu em 45,4% (de 23.549 [123 pmp] para 12.865 [62,4 pmp] - p<0,001). A produtividade das equipes de córnea ao longo dos anos foi de 19 transplantes de córnea ao ano. Os melhores índices foram apresentados nas regiões Sul, Cen tro-Oeste e Sudeste e os piores no Norte e Nordeste. O Brasil, embora de forma heterogênea entre as regiões, vem melhorando a capacidade de realizar o transplante de córnea nos últimos 16 anos, porém a demanda populacional por transplante de córnea ainda não é adequadamente atendida, principalmente devido ao baixo número de doações de córnea.

ASSUNTO(S)

perfil de saúde, doenças da córnea transplante de córnea doação dirigida de tecido brasil

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