Tendências na prevalência de recém-nascidos vivos macrossômicos, estratificadas por idade gestacional, Brasil, 2001-2010 e 2012-2014
AUTOR(ES)
Nascimento, Maria Isabel do, Pereira, Daniele Francine, Lopata, Calliana, Oliveira, Carina Ladeia Flores, Moura, Ariane Arruda de, Mattos, Maria Júlia da Silva, Silva, Lucas Saraiva da
FONTE
Rev. Bras. Ginecol. Obstet.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-08
RESUMO
Resumo Objetivo Descrever tendências nas prevalências de macrossomia (peso ao nascer ± 4.000 g) segundo idade gestacional no Brasil em 2001-2010 e em 2012-2014. Métodos Estudo ecológico com dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC), incluindo bebês nascidos vivos a partir de 22 semanas, de gestações únicas. As tendências no Brasil como umtodo e nas suas cinco regiões foramanalisadas nos estratos pré-termo (22-36 semanas de gestação) e termo (37-42 semanas de gestação). Mudanças percentuais anuais (APCs) baseadas nos modelos de regressão propostos por Prais-Winsten e intervalos de confiança (ICs) de 95% foram calculados para verificar diferenças estatisticamente significantes no período 2001-2010. Resultados No Brasil, a prevalência de macrossomia foi de 5,3% (2001-2010) e 5,1% (2012-2014). As frequências foram sistematicamente maiores nas regiões Norte e Nordeste, tanto no pré-termo quanto no termo. No pré-termo, a região Norte apresentou a variação mais importante na prevalência de macrossomia (+137,5%) quando comparados o ano de 2001 (0,8%) e o de 2010 (1,9%). No termo, tendências declinantes foram observadas no Brasil e em todas as suas regiões. As tendências em 2012-2014 foram mais heterogêneas, com frequências maiores do que aquelas observadas em 2001-2010. As APCs no estrato pré-termo (2001-2010) mostraram que as mudanças foram estatisticamente significantes no Norte (APC: 15,4%; IC95%: 0,6-32,3) e no Sul (APC: 13,5%; IC95%: 4,8-22,9). No termo, a mudança ocorreu apenas no Norte (APC: -1,5%; IC95%: -2,5--0,5). Conclusão A prevalência de macrossomia no Brasil foi maior do que 5,0%. A macrossomia tem implicações potencialmente negativas para a saúde da criança e do adulto, e merece mais atenção das políticas de saúde pública no Brasil, bem como mais apoio para investigação e intervenção.
ASSUNTO(S)
macrossomia fetal prevalência tendências epidemiologia saúde materna saúde da criança
Documentos Relacionados
- Hemorragia periventricular-intraventricular : incidencia em recem-nascidos vivos e sua associação com idade gestacional, peso, crescimento intrauterino e obito neonatal
- Neurocomportamento de recém-nascidos a termo, pequenos para a idade gestacional, filhos de mães adolescentes
- Crescimento de recém-nascidos pré-termo pequenos para a idade gestacional
- Alterações morfológicas placentárias de recém-nascidos pequenos para a idade gestacional
- Coberturas vacinais por doses recebidas e oportunas com base em um registro informatizado de imunização, Araraquara-SP, Brasil, 2012-2014